Política
“Imperador x presidente”: os pesos pesados da próxima eleição em Palmeira dos Índios
Em política cada um tem seu momento. Raros são os que se mantém na crista da onda por toda a sua trajetória. Ex-prefeitos, ex-governadores, ex-parlamentares estão aí para comprovar.
Numa das mais importantes cidades de Alagoas, quem “manda” hoje é o “imperador” Júlio Cezar. Ele que já foi um dia apenas assessor de comunicação do governo de Alagoas, se transformou em um dos principais protagonistas da política na região agreste alagoana ao ser eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 2016 e ser reeleito em 2020.
O reinado do “imperador” tem agora os dias contados. Seu mandato acaba no dia 31 de dezembro de 2024. E ele ainda não teria escolhido a essa altura – ao menos que seja de domínio público – um candidato para chamar de seu. Ao estilo, Júlio, parece que vai empurrar a decisão com a barriga até o prazo final. E se fizer isso precisará combinar o jogo com outros importantes protagonistas políticos. Um deles é o “presidente”.
Apontado como pré-candidato a prefeito de Palmeira dos Índios, o advogado Adeilson Bezerra, é o único entre todos os nomes que surgem na disputa pelo comando da quarta maior cidade de Alagoas que tem um partido para “chamar de seu”. Aliás, mais de um.
Bezerra, se for candidato, terá além do Solidariedade – legenda que preside em Alagoas e em Palmeira dos Índios – outros partidos, especialmente da base do governador Paulo Dantas, na sua base de apoio. Na oposição, os candidatos vão depender principalmente de Arthur Lira, que comanda além do PP outras importantes legendas em Alagoas.
Em meio a esse “cenário”, o “presidente” pode ganhar espaço e avançar para consolidar seu nome na disputa. Com sinalização positiva de Paulo Dantas, pode se consolidar como nome do governo na disputa pela prefeitura de Palmeira dos Índios. Neste caso, teria o apoio do “imperador”.
O tempo segue como um dos mais cruéis adversários de qualquer político. Para Júlio, cada dia poderá ser um dia a menos. Para Bezerra, poderá ser um dia a mais. Tudo vai depender da habilidade que terão daqui por diante, não só para lidar um com o outro, mas principalmente para ocupar espaços. Até porque, em política não existem espaços vazios.