Política
Governo chegou ao máximo (3%+2,79%) que pode dar de reajuste para servidor; entenda
“Ir além disso representa um risco muito grande, risco inclusive de não conseguir pagar as contas, incluindo salários, em dia”
Logo após a reunião com representantes dos servidores públicos, realizada no Palácio dos Palmares na noite de segunda-feira (19/6), o governador Paulo Dantas mandou uma mensagem por aplicativo para um interlocutor.
“Ficou assim…Outubro/23 : 3,00%, Janeiro /24: 2,79%. Ainda não aceitaram porque ficaram de ouvir a base. Porém saíram satisfeitos. Acredito que vão aceitar”, disse.
Minutos depois o registro do encontro era feito às 23h55 pelo portal Gazetaweb (veja aqui).
O governador, contrariando orientação da própria equipe econômica, decidiu propor o reajuste já a partir de outubro deste ano. A proposta inicial era só dar a reposição das perdas da inflação de 2022 em maio de 2024.
Paulo chamou para si a decisão e conseguiu convencer a equipe a encontrar um meio termo, fatiando o reajuste, ma antecipando sua concessão em oito meses se comparado com a proposta inicial.
O governo, no entanto, dificilmente deverá ceder mais. “Demos além do máximo e isso foi feito por decisão do governador, pela sensibilidade e compromisso que ele tem com o servidor. Mas não será fácil cumprir, ele sabe disso. Teremos que apertar demais o cinto”, aponta Renata dos Santos.
Para a titular da Sefaz-AL, é improvável que o governo apresente outra proposta: “Ir além disso representa um risco muito grande, risco inclusive de não conseguir pagar as contas, incluindo salários, em dia”, pondera.
A secretária explica que a proposta apresentadas aos servidores pelo governado só se tornou possível por um esforço conjunto, sob orientação de Paulo Dantas.
“Ainda estamos sofrendo o impacto da perda de receita com a mudança no ICMS da gasolina e com algumas incertezas na economia. Mas como a casa está organizada e o governador trabalha com um excelente panejamento e controle efetivo, foi possível fazer essa nova proposta”, afirma.
Além do risco financeiro, o governo terá de lidar ainda com outras pressões, a exemplo da LRF. E tudo isso só se resolverá com aumento de receita. Mas com a reforma tributária ainda para ser votada o cenário é de incertezas. Literalmente.