A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), optou nessa sexta-feira, 23, por manter suspensa a tramitação de uma queixa-crime movida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), contra o senador Renan Calheiros (MDB) por crimes contra a honra. 

A decisão liminar é do ministro André Mendonça, que suspendeu o processo que corria na primeira instância da Justiça do Distrito Federal, trata das declarações de Renan de que Lira é "ladrão" e teria interferido na Polícia Federal em Alagoas para perseguir adversários. 

Durante o julgamento virtual no colegiado, que teve início em 16 de junho e será concluído nesta sexta-feira, Mendonça propôs a ratificação da liminar e foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli e Edson Fachin. Ainda faltam os votos dos ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques. 

O processo teve origem em uma publicação feita pelo senador Renan Calheiros em sua conta no Instagram, em 14 de outubro de 2022, na qual ele afirmou que Lira "é ladrão já condenado por desvios na Assembleia". Renan também mencionou a acusação de que Lira estaria envolvido em desvios no orçamento secreto e teria influenciado a Polícia Federal em Alagoas. 

As declarações foram feitas em meio ao afastamento, determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), do governador Paulo Dantas (MDB), aliado de Renan e investigado pela PF por suspeitas de corrupção na Assembleia Legislativa do estado. Dantas posteriormente retomou seu cargo após decisão do STF e foi reeleito.

Com Jornal Extra.