Política
Apoiado por Lira, alagoano indicado ao TST defendeu guilhotina para Lula, Dilma e apoiadores
Adriano Avelino Avelino também já falou em atropelar manifestantes “comunistas” em um protesto de professores
Um dos indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil seccional (OAB-AL) à lista sêxtupla do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Adriano Avelino, defendeu, em 2016, através das redes sociais, "guilhotina" para o Lula, a ex-presidente Dilma e apoiadores.
Ele também já falou em atropelar manifestantes “comunistas” em um protesto de professores. Atualmente, o advogado tem entre seus clientes o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira.
As publicações, feitas em 2016 e 2019 e relembradas em matéria publicada nesta quinta-feira (27) pelo portal Metrópoles, foram apresentadas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas, em um pedido para que a entidade retire o advogado da disputa ao TST.
O portal Novo Extra questionou a entidade se alguma decisão havia sido tomada, mas não recebeu resposta até o momento. Avelino é um dos nomes autorizados neste mês a concorrer à lista sêxtupla da OAB nacional, que será definida em agosto.
Em seguida, o tribunal escolherá três nomes, e a palavra final será de Lula. Enquanto Avelino tem o apoio de Lira, o senador Renan Calheiros, rival de Lira em Alagoas, apoia Fernando Paiva.
Texto foi publicado pelo advogado em 2016 em sua conta no Twitter“A punição para Dilma e Lula e seus apoiadores é a guilhotina!!! Mas antes tem que cortar a língua para pararem de latir”, escreveu Avelino em 17 de março de 2016. Foi no dia em que a então presidente Dilma Rousseff deu posse a Lula como ministro da Casa Civil.
Três anos depois, o advogado foi às redes atacar manifestantes em um protesto de professores da rede estadual de Alagoas. “Vou pegar a caminhonete e passar por cima desses vagabundos comunistas que se dizem professores e estiverem interditando a [avenida] Fernandes Lima. Já que o governador não tem pulso pra isso, eu não tenho que atrasar as minhas obrigações por conta dessa manifestação fajuta”
Outro lado
Adriano Avelino disse ao Metrópoles que errou e lamenta ter feito essas publicações. “Às vezes a gente termina exagerando. Não tenho nada contra governo nenhum. Não farei de novo nada disso, com certeza. Foi um erro meu e me retratei na época. Lamento muito. E eu não iria atingir professor nenhum. Meus pais são professores. Foi um desabafo. Tenho 29 anos de advocacia e entrei para a lista tríplice do TST ainda em 2010”, afirmou.
*Com Novo Extra