O atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), organizou o campo da direita na capital. De olho na sua reeleição, levou para a prefeitura antigos adversários. Entre eles, Davi Davino Filho (PP) e Alfredo Gaspar de Mendonça (União) com quem disputou acirradamente as eleições de 2020.

A articulação conta ainda com o importante reforço do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) e do senador Rodrigo Cunha (Podemos) – que, dizem, pode ser o vice de JHC nas eleições do próximo ano, o que abriria vaga para mãe do prefeito, Eudócia Caldas, no Senado.

Com a direita unida na capital a esquerda busca um caminho. Ter um só nome, unificada, ou marchar com várias candidaturas?

Enquanto o MDB de Renan Calheiros começa o debate interno agora, com quatro nomes na mesa – Cibele Moura, Alexandre Ayres, Dr Wanderley e Rafael Brito – o PT dá um importante passo no campo da esquerda.

O partido do presidente Lula definiu que terá sim candidato em Maceió no próximo ano, o que levou o deputado federal Paulão a fazer algumas conversas dentro do seu campo, incluindo aliados importantes como o PCdoB que faz parte da Federação Brasil, junto com PT e PV.

Internamente o debate também avançou no PT. Paulão já avisou que não será candidato e passou a defender o nome do deputado estadual Ronaldo Medeiros para a missão.

Medeiros teria apoio, além de Paulão, das principais lideranças petistas em Maceió e deve definir a partir dessa semana se encara JHC.

Numa conversa que teve no final de semana, o parlamentar avisou as lideranças do PT que se seu nome for escolhido, e se tiver apoio, vai aceitar a missão.

Será pré-candidato, como disse alguns interlocutores para “desmascarar” a gestão de JHC. Até porque, mesmo na avaliação dos petistas, a gestão de JHC, apesar de bem avaliada, vive mais do bom marketing do prefeito, do que de ações reais.

O prefeito, é fato, continua muito bem avaliado, mas, no caso de Ronaldo Medeiros, ele sabe que não tem nada a perder.

Ao que tudo indica, o caminho da esquerda será diferente da direita em Maceió. De um lado um só nome. Do outro, dois, três ou até quatro candidatos como estratégia para desgastar o prefeito e levar a eleição para o segundo turno.