A suspensão da sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Maceió, nessa quarta-feira (09/8) provocou diferentes reações nos meios políticos locais.

Em nota de repúdio, movimentos sociais e partidos políticos repudiaram o “ato discricionário e autoritário do Presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Neto, ao suspender a sessão tão somente pelo fato da Vereadora Teca Nelma levar ao plenário produtos alimentícios produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”.

“Em reação descabida e injusta, Galba Neto afirmou que se a Vereadora não retirasse tais produtos do plenário, não haveria sessão. Vale lembrar que há reiteradas manifestações políticas de vereadores aliados ao Presidente da Casa que não sofrem coações ou constrangimentos. Trata-se, claramente, de perseguição política contra a Vereadora e contra os Movimentos Sociais”, diz ouro trecho da manifestação.

A assessoria da Câmara Municipal de Vereadores, também em nota, minimizou as críticas e responsabilizou o “excesso” de produtos pela suspensão da sessão.

“Hoje a Sessão Ordinária da CMM de Maceió precisou ser suspensa por cinco minutos. O motivo foi a grande quantidade de produtos que a vereadora Teca Nelma colocou em cima da bancada de trabalho.Essa postura adotada foi contestada por alguns vereadores por desrespeitar o Regimento Interno da casa. Logo depois a vereadora escolheu alguns produtos para simbolizar sua posição em apoio ao MST e a sessão foi retomada”, diz nota enviada pela assessoria ao blog.

Veja a nota dos movimentos sociais

NOTA DE REPÚDIO

Os movimentos sociais, personalidades públicas, partidos políticos e parlamentares abaixo assinados repudiam veementemente o ato discricionário e autoritário do Presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Neto, ao suspender a sessão tão somente pelo fato da Vereadora Teca Nelma levar ao plenário produtos alimentícios produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

No dia 08.08.2023, em sessão ordinária na casa legislativa municipal, o MST foi vítima de ataques injustos e infundados por parte de vereadores reacionários – que sequer merecem menção nesta nota -, em prontidão, o vereador Dr Valmir (PT) e a Vereadora Teca Nelma (PSD), posicionaram-se contra tais ataques e a parlamentar se comprometeu a levar na sessão seguinte produtos alimentícios produzidos pelo MST e assim o fez, no dia 09.08.2023

Em reação descabida e injusta, Galba Neto afirmou que se a Vereadora não retirasse tais produtos do plenário, não haveria sessão. Vale lembrar que há reiteradas manifestações políticas de vereadores aliados ao Presidente da Casa que não sofrem coações ou constrangimentos. Trata-se, claramente, de perseguição política contra a Vereadora e contra os Movimentos Sociais.

​Não é de hoje que presenciamos tentativas múltiplas, por parte de forças conservadoras e reacionárias, de criminalizar e marginalizar o MST e os movimentos sociais do campo que se organizam e trabalham em defesa da reforma agrária e da agricultura familiar, garantindo comida saudável no prato das famílias nos centros urbanos de Alagoas.

Não nos calaremos!

Todo repúdio ao Galba Neto e ao seu projeto de tornar a casa da democracia o veículo de transmissão de seus preconceitos e reacionarismo.

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada injustiça que se comete no mundo, então somos companheiros” (Che Guevara)

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MSTFrente Nacional de Lutas – FNLComissão Pastoral da Terra – CPTMovimento de Luta dos Sem Terra – MLSTLevante FeministaPartido dos Trabalhadores- PT MaceióCentral Única dos Trabalhadores- CUTMovimento Via do Trabalho – MVTDeputado Federal Paulão (PT)Deputado Ronaldo Medeiros (PT)CEFAP – Centro de Formação de Ativistas, Pesquisas e Assessoria as Organizações PopularesPartido Socialismo e Liberdade – PSOL/ALMovimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST/ALSecretaria Geral do Partido Social Democrático- PSD MaceióMovimento de Mulheres Olga Benario (Alagoas)Movimento dos Policiais AntifascismoUnidade Popular (AL)