O desafio foi público, com direito a momentos de descontração, mas também a “recados” diretos. E foi dado durante o ato de filiação do vereador Zé Márcio Filho ao MDB, realizado nesta segunda-feira (14), na sede do partido, em Maceió.

Ao falar para o público, o vereador e delegado da Polícia Civil, Kelmann Vieira (Podemos), falou ao lado do senador Renan Calheiros, que é presidente do MDB em Alagoas. O “recado”, no entanto, foi para outro senador, que também é presidente de partido no Estado.

“Certo dia eu vi um senador aí, que eu não gosto nem de dizer o nome, dizendo que ia me investigar. O delegado aqui sou eu, não é ele não. Se tiver que investigar, quem vai investigar sou eu”, disse Vieira ao se referir a declaração dada por Cunha em uma rádio.

Em seguida, Kelmann que está de malas prontas para se filiar ao MDB, emendou: “aproveitar aí o momento para pedir a ele que me expulsasse logo, que eu quero me filiar antes do prazo ao MDB”.

A saída do Podemos, avisa Vieira, se tornou irreversível. Ele foi o vereador mais votado do Podemos, em 2020, com 8,5 mil votos, numa bancada que elegeu outros dois: Zé Márcio Filho, já no MDB e Joãozinho Gabriel, hoje no PSD.

Ao encerrar sua fala, Kelmann voltou a deixar claro, a enfatizar mesmo, que não quer conversa com Rodrigo Cunha.

“Eu tô num partido, que quando fala nele eu ‘mudo’, porque que tem tá presidindo eu não gosto de ver nem na minha frente, quanto mais… não me representa , então só estou esperando , por conta da legislação eleitoral”, disse numa referência a possibilidade de ser expulso ou de esperar a janela partidária, que se abre em março do próximo ano.

“Eu quero me filiar ao MDB. Não vejo hora de ir para rua. Seremos um só time, para mostrar ao maceioense que Maceió precisa de uma mudança”, afirmou.