Política

Favorito, JHC “ignora” oposição, mas pode mudar o “tom” com novo cenário na Câmara de Vereadores

Se de um lado o prefeito enfrenta aqueles que, dizem, querem sua cadeira, no outro ele deverá ver aumentar as dificuldades no relacionamento com a Câmara Municipal de Vereadores

Por Blog do Edivaldo Júnior 19/08/2023 06h06 - Atualizado em 19/08/2023 16h04
Favorito, JHC “ignora” oposição, mas pode mudar o “tom” com novo cenário na Câmara de Vereadores
JHC - Foto: Reprodução

O prefeito de Maceió segue como franco favorito. João Henrique Caldas (PL) seria reeleito, segundo diferentes pesquisas, no primeiro turno se as eleições fossem hoje.

Bom na estratégia, excelente no marketing, JHC “ignora” por enquanto o poder de fogo da oposição – ao menos nas suas aparições públicas.

João Henrique, é claro, deve dar no momento certo a resposta a críticas mais diretas disparadas por alguns dos possíveis candidatos às prefeitura no próximo ano – especialmente Rafael Brito e Alexandre Ayres.

Pelo peso político, pela importante presença deles nas redes sociais e nos meios de comunicação, os dois deputados do MDB, um federal o outro estadual, causam algum tipo de estrago na imagem do prefeito. E se tem algo que JHC não perdoa que não deixa sem resposta, são críticas que podem arranhar sua imagem.

Se de um lado o prefeito enfrenta aqueles que, dizem, querem sua cadeira, no outro ele deverá ver aumentar as dificuldades no relacionamento com a Câmara Municipal de Vereadores.

Ironicamente, JHC tinha até esta semana maioria na bancada do MDB, justo o partido que promete lhe fazer oposição cerrada nas eleições do próximo ano.

Até o começo da semana, eram vereadores no MDB de Maceió, sendo quatro declaradamente (ou não) do bloco de JHC: Galba Netto, Chico Filho, Luciano Marinho e Olívia Tenório. Os outros três são considerados do bloco que o partido pode contar para fazer oposição: Fernando Hollanda, Silvânia Barbosa e Brivaldo Marques (esse ainda no campo da dúvida).

O “jogo” no partido equilibrou para 4 x 4 com a filiação de Zé Márcio Filho, que foi para a oposição.

Com quatro no MDB, o grupo do governo, espera chegar, nos próximos dias, a 9 vereadores para formar uma bancada de oposição. Esse seria o número suficiente para “dar trabalho” ao prefeito, capaz de provocar efetivamente o debate e até de abrir uma “CPI”.