O vereador Zé Márcio Filho, de Maceió, foi indicado para liderar um partido dividido. Depois de sua filiação ao MDB, a legenda ficou com 8 representantes na Câmara Municipal, aparentemente rachada ao meio.

Ao menos quatro estão declaradamente do lado do prefeito JHC (Galba Netto, Chico Filho, Olívia Tenório e Luciano Marinho).

Os outros três, além de Zé, estariam teoricamente na oposição (Silvânia Barbosa, Fernando Hollanda e Brivaldo Marques).

Entre teoria e prática, a indicação de Zé, um habilidoso vereador que decidiu colocar os dois pés na canoa de Paulo Dantas (MDB), tenta se estabelecer na oposição com os dois pés no chão e na base do diálogo.

“Todos que estão no MDB são importantes, todos os vereadores são importantes. E a gente vai tentar trazer o maior número possível para junto do governador, para junto do Renan. Essa é a nossa ideia. Nossa ideia é somar”, diz Zé Márcio.

O objetivo, aponta o vereador, é tentar arrumar “a casa” junto com todos os outros vereadores. “Tenho certeza que o Chico, que é líder do governo, mas que tem uma enorme identificação com o MDB, pode estar com a gente e o presidente Galba, entre outros vereadores que hoje estão mais afastados do projeto, do palácio”, diz.

Quanto a composição questão das comissões ele diz que não pretender mudar o que já está definido. “A gente não vai ter como mexer nisso, até porque eu sou um cara de cumprir acordo. E quando a gente define as comissões, lá atrás eu era líder do Podemos, e jamais vou tentar alterar uma coisa que foi tratada antes”, afirma.

“Outras comissões que vierem, e se o MDB tiver a participação, a gente vai indicar, mas em conjunto com a bancada, jamais sem conversar. E encaminhamento de votação, essas coisas, lógico, o MDB ele é um partido, hoje, que faz oposição ao prefeito JHC, e a gente vai encaminhar de acordo com isso. E é a consciência de cada parlamentar votar ou não. Essa é a ideia, agora que a gente precisa marcar uma posição, isso precisa, isso é natural, né?