No hemisfério sul, a primavera começa neste sábado, 23 de setembro e vai até 22 de dezembro, abrindo passagem para a próxima estação. Mas na Câmara de Vereadores de Maceió parece que o verão chegou mais cedo. Por lá, o clima esquentou, não só por conta de um ‘racha’ na bancada do MDB.

Maior partido da casa, com 8 vereadores, o MDB é (ou deveria ser) de oposição, mas pelo menos metade da bancada emedebista na Casa reza na cartilha do prefeito João Henrique Caldas (PL).

A bancada de oposição, ao menos que é declarada e atuante, pode ser contada nos dedos de uma mão. Hoje seriam 5 dos 25 vereadores, o equivalente a 20%.

Mas apesar de estar em menor número, a oposição começou a atuar de forma articulada e tem conseguido provocar o debate, que as vezes fica acalorado.

Na sessão dessa quarta-feira (20/9) a vereadora Teca Nelma (PSD) levou para o plenário um tema que preocupa o maceioense: o surto de meningite tipo B. Ela e os colegas da oposição (veja abaixo texto da assessoria) cobraram que a prefeitura compre vacinas para proteger a população.

Em defesa da prefeitura saíram os vereadores Leonardo Dias (PL) e Chico Filho (MDB), que é líder do governo, mesmo filiado a um partido de oposição.

Teca criticou a prefeitura por fazer uma campanha de vacinação contra outro tipo de meningite, que não a do tipo B, o que seria uma tentativa de “desviar” o foco do problema real. Outros vereadores, entre eles Zé Márcio Filho, entraram no debate. Tudo transmitido ao vivo pelo You Tube. Você pode ver a gravação aqui .

Foi um debate efusivo, sobre quem tem ou não obrigação de fornecer a vacina, se a prefeitura de Maceió ou o Ministério da Saúde.

O problema é que o surto assusta as pessoas e vem causando uma corrida às clínicas particulares, que cobram até R$ 700 por uma dose. E, mais grave, quem tiver o dinheiro para vacinar terá de entrar em fila de espera.

Falando pela oposição, Zé Márcio Filho (MDB) avisou que se o prefeito JHC quiser comprar a vacina, a Câmara aprova o pedido para urgência. Ele garante que existe dinheiro no município para tal. Agora, só faltaria vontade: “e se não quiser comprar que a prefeitura cobre ao Ministério da Saúde ou quem de direito”, disse.