Nos últimos dias, o deputado federal Fábio Costa (PP-AL) tem focado sua atuação em destacar um suposto aumento da violência em Alagoas – especialmente em Maceió, onde atuava simultaneamente como delegado e vereador até 2022, antes de ser candidato e eleito para a Câmara dos Deputados.

O parlamentar tenta, aparentemente, fazer um contraponto aos números divulgados pelo governo do Estado. Há menos de duas semanas, no dia 13 de setembro deste ano, o governador Paulo Dantas “comemorou mês menos violento em Alagoas desde o início da série histórica” ao divulgar dados oficiais sobre a criminalidade. Desde então, Fábio Costa elevou o tom das críticas ao Estado.

Para o líder do governo na Assembleia Legislativa , deputado estadual Sílvio Camelo, delegado exagera. “Ele parece que está fazendo campanha em cima de cadáveres e esquece de elogiar os colegas policiais que arriscam vida todos os dias em defesa da socieade e no combate a violência. É lamentável que ele só se consiga ver um lado”, aponta.

Em artigo que circulou em vários veículos da mídia local, Camelo foge ao seu habitual tom moderador e é incisivo no questionamento ao deputado.

No artigo, Camelo mostra números da violência e os compara com o período em que Fábio Costa esteve à frente da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). ”No mês de agosto de 2016, foram 39 homicídios na gestão Fábio Costa. Já em 2023, foram 23. Ou seja, houve uma redução de 42% dos homicídios desde que o nobre deputado sensacionalista saiu”, apontou, acusando Costa de querer lacrar nas redes sociais se utilizando de crimes isolados.

“Não é causando no Instagram que se reduz a violência. O deputado deveria valorizar o trabalho competente desenvolvido pelos próprios colegas de profissão”, completa.”, completou Camelo.

“Este excelente trabalho, das mulheres e homens da Polícia Civil na atual gestão da delegacia de Homicídios, revela que, quando se mostra empenho para diminuir os índices de criminalidade, o resultado vem. Sem exibição, sem heróis solitários, sem justiceiros, sem excessos, sem tirar roupa de ninguém e sem tentar desacreditar o trabalho bem feito desses verdadeiros servidores públicos”, completou Camelo.