Política
Cunha tem razão: Renan foi da Salgema e outras 12 estatais ao mesmo tempo; entenda
A CPI da Braskem em aprovação de 79% dos eleitores de Maceió
Está na biografia de Renan Calheiros na Câmara dos Deputados. Entre 1993 e 1994 durante período de pouco mais de um ano, ele foi vice-presidente da Petroquisa (Petrobras Química S/A). E por “tabela” assumiu a presidência do conselho ou foi mebro titular de várias outras empresas que eram controladas pela estatal.
Nesse período, Calheiros era o presidente do conselho de empresas como “denunciou” em questão de ordem no Senado (veja abaixo) o senador Rodrigo Cunha, Salgema. Mas não só. Simultaneamente, Renan era presidente de outras 12 companhias controladas pela Petroquisa, caso da Cinal, Petrorio, Copene e CPC.
Na questão de ordem, Cunha questiona se a passagem de Renan pelo conselho da Salgema, há 30 anos, não seria impedimento para sua participação na CPI da Braskem (companhia criada em 2002, mas que incorporou a Trikem, criada em 1996 e foi formada por duas empresas, inclusive a Salgema, privatizada em 1995, no governo do presidente Fernando Henrique Cardozo).
Em conversa com interlocutores, Renan demonstra descontração sobre o tema. O fato, tem dito, de ter passado pela Salgema, é mais um incentivo para se investigue “tudo”.
A CPI da Braskem em aprovação de 79% dos eleitores de Maceió, de acordo com pesquisa divulgada em setembro deste ano: veja aqui o resultado da pesquisa.
Rodrigo “questiona” CPI da Braskem
Versão oficial
Veja texto da assessoria de Rodrigo que circula na imprensa local
Rodrigo Cunha defende responsabilização da Braskem, mas questiona o uso político e pessoal de uma CPI por Renan Calheiros
Em questão de ordem apresentada no Senado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) questionou quais seriam os reais interesses do senador Renan Calheiros (MDB) em buscar a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atuação da Braskem em Alagoas. No documento, Cunha afirma que Renan teria ligação direta com a antiga Salgema e com a Odebrecht, nome da atual Novonor, uma das donas da Braskem. A questão ainda prova que Renan estaria impedido legalmente de atuar em uma CPI da Braskem.
“Defendo sim investigar e responsabilizar a Braskem, mas o que não posso é me calar diante do uso politiqueiro e da tentativa de Renan Calheiros de defender seus interesses pessoais usando uma CPI e o Senado Federal. Sempre defendi e continuarei defendo a população do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e região. Esta população merece reparação justa com relação prejuízo que a Braskem causou em Maceió. O que foi pago como indenização não paga o sofrimento destas famílias. Investigar e responsabilizar a Braskem, sim. Usar o Senado para barganhar em benefício próprio, jamais” disse Rodrigo Cunha.
Veja os cargos que Renan Calheiros ocupou como vice-presidente da Petroquisa
Vice-Presidente Executivo da Petrobrás Química S/A.- Petroquisa (1993 a 1994); Presidente do Conselho de Administração da Petroquímica União S/A., ALCLOR , Química de Alagoas (1993 a 1994); Presidente da CINAL , Cia. Alagoas Industrial (1993 a 1994); Presidente da CQR , Cia. Química do Recôncavo (1993 a 1994); Presidente da EDN , Estireno do Nordeste S/A (1993 a 1994); Presidente da Petroquímica Triunfo S/A (1993 a 1994); Presidente da PETRORIO , Petroquímica do Rio de Janeiro (1993 a 1994); Presidente da POLIBRASIL S/A., Indústria e Comércio (1993 a 1994); Presidente da SALGEMA , Indústria Química S/A (1993 a 1994); Vice-Presidente do Conselho de Administração da COPENE , Petroquímica do Nordeste S/A (1993 a 1994); Vice-presidente Renan da POLIPROPILENO S/A. (1993 a 1994); Membro Titular do Conselho de Administração COPESUL , Companhia Petroquímica do Sul (1993 a 1994); Membro Titular do Conselho de Administração CPC , Companhia Petroquímica Camaçari, BRASPOL , Polímeros S/A (1993 a 1994)..
Veja aqui a biografia na íntegra: