Política
“Antes da Braskem pagar R$ 1,7 bi a postura era outra”, diz defensor sobre Flexais
Mais de 10 mil moradores das comunidades dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes, no bairro de Bebedouro vivem um processo de ilhamento e – agora – de aparente abandono pela prefeitura de Maceió.
No momento, segundo o defensor público geral de Alagoas, Ricardo Melro, os moradores são forçados a aceitar uma indenização de R$ 25 mil por residência (independente do número de pessoas) oferecida pela Braskem.
“Aceitam porque não tem outra opção, mas o que eles querem é receber um valor justo e sair para outros locais”, resume.
Melro critica a posição da prefeitura de Maceió em relação aos moradores dos Flexais. Em processo (veja aqui) na Justiça, a procuradoria geral do Município se manifesta contra parecer técnico da Universidade Federal de Alagoas sobre a necessidade de transferência dos moradores no caso do “evento geológico” ou “crime ambiental” provocado pela mineração de sal-gema da Braskem.
O defensor geral estranha a mudança de posicionamento do município. “Antes de fechar o acordo de R$ 1,7 bilhão com a Braskem, a postura era outra. Agora, ao que parece agem como se fossem parceiros”, aponta.
Um dos pontos do acordo que Melro tenta derrubar é a “quitação total”, com o objetivo de atendeer também aos moradores dos Flexais. “Responderemos ao posicionamento da prefeitura na Justiça, mostrando que o município contesta laudo técnico da UFAL para defender que as pessoas permaneçam ilhadas, sem direito a receber uma justa indenização”, resume.
Moradores dos Flexais fazem protesto na orla de Maceió (Foto: reprodução)
Protesto
Moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes, no bairro de Bebedouro, fizeram um protesto neste domingo (29), na orla de em Maceió. Entre as reivindicações, eles, que fazem parte do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), solicitaram que a empresa não fosse vendida sem que antes houvesse a indenização total e justa dos atingidos pelo crime ambiental.
Com gritos de ‘justiça’, os protestantes se concentraram na rua fechada, na Ponta Verde, e “tomaram”, pacificamente, um dos pontos turísticos mais famosos da região, a cadeira gigante, para dar visibilidade aos protestos. Em uma das faixas, era solicitado ao senador Renan Calheiros (MDB), que não permitisse a venda.
Renan Calheiros fez o pedido para criação da CPI da Braskem, apresentada em setembro e aprovada pelo Senado Federal na última terça-feira (24).
No texto, Calheiros diz que a Braskem não repara devidamente os danos causados pela sua atuação em Alagoas, que provocou um dos maiores êxodos urbanos da história do Brasil, fazendo com que 60 mil pessoas deixassem as suas casas. Ele também afirma que a empresa não presta contas devidamente e aponta a necessidade de investigar a solvência e distribuição de dividendos entre acionistas.
Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, podem-se ouvir reivindicações ao prefeito de Maceió, JHC (PL). ‘’Prefeito de internet que não valoriza as vítimas da Brakem, que não valoriza aqueles que votaram nele. ’’, diz um trecho.
Renan Calheiros fez o pedido para criação da CPI da Braskem, apresentada em setembro e aprovada pelo Senado Federal na última terça-feira (24).
No texto, Calheiros diz que a Braskem não repara devidamente os danos causados pela sua atuação em Alagoas, que provocou um dos maiores êxodos urbanos da história do Brasil, fazendo com que 60 mil pessoas deixassem as suas casas. Ele também afirma que a empresa não presta contas devidamente e aponta a necessidade de investigar a solvência e distribuição de dividendos entre acionistas.
Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, podem-se ouvir reivindicações ao prefeito de Maceió, JHC (PL). ‘’Prefeito de internet que não valoriza as vítimas da Brakem, que não valoriza aqueles que votaram nele. ’’, diz um trecho.
Veja aqui a petição da Prefeitura no caso Flexais