Política
“Afundamento se alastra para outros bairros”: Renan pressiona por CPI da Braskem após novos tremores em Maceió
Senador reforçou seu posicionamento após os tremores de terra registrados no bairro do Mutange na última terça-feira (7)
Na última terça-feira (7), Maceió voltou a registrar tremores de terra, desta vez no bairro do Mutange, área evacuada devido ao afundamento do solo causado pela mineração de sal-gema da Braskem. O ocorrido fez com que o senador Renan Calheiros (MDB) voltasse a pressionar para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem seja instalada no Senado Federal.
As atividades realizadas pela empresa petroquímica em Maceió provocaram afundamento do solo, tremores e rachaduras em cinco bairros da capital, atingindo mais de 15 mil imóveis e forçando que 60 mil pessoas deixassem suas casas.
“Estamos, em várias frentes, cobrando a responsabilização da empresa Braskem pelo maior crime ambiental urbano do mundo. Venho apelando, inclusive, em caráter humanitário. São mais de 200 mil vítimas de uma exploração mineral irracional e irresponsável que, literalmente, afundou vários bairros em Maceió, está se alastrando para outros bairros e agora o pânico dos abalos sísmicos”, afirmou Renan.
Através das redes sociais, o parlamentar reforçou seu posicionamento nesta quarta-feira (8), onde escreveu: "O crime ambiental da Braskem se agrava. Após o afundamento de bairros e o alastramento das rachaduras, levei ao conhecimento do Senado os dois abalos sísmicos no Mutange, um dos bairros evacuados. A CPI é urgente".
O requerimento para a criação da CPI já foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no último dia 24 de outubro, sendo o próximo passo a indicação dos integrantes da comissão pelos líderes partidários.
Para que a instalação seja realizada é necessário que um terço dos membros da Casa assinem o requerimento. No caso do Senado, 27 parlamentares.
*Com informações do Metrópoles