Política
Presidente do Grupo Gay é detido e levado à Central de Flagrantes pela Guarda Municipal
Nildo Correia se recusou a levar concentração do evento para a Pajuçara; prefeitura conseguiu determinação na Justiça para mudança de local
O presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Nildo Correia, foi detido pela Guarda Municipal de Maceió e levado à Central de Flagrantes após se negar a realizar a concentração da Parada do Orgulho LGBT+ na Pajuçara, na tarde deste domingo (26).
O evento estava marcado para ter início a partir do Marco dos Corais. Na manhã deste domingo, trios elétricos que fazem parte do evento chegaram a ser deslocados em direção à Pajuçara, deixando a Ponta Verde e também a região em que está localizada a "Rua Fechada", na Avenida Silvio Viana, que aos domingos tem o tráfego interrompido para veículos.
A Prefeitura de Maceió vem travando uma batalha judicial contra o Grupo Gay por não querer que a Parada fosse realizada na Ponta Verde, mas sim entre a Pajuçara e o Jaraguá. O presidente do GGAL Nildo Correia acusou o prefeito JHC (PL) de perseguição ao evento e também que a prefeitura tentou boicotar a realização da parada.
Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura de Maceió, através da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã de Maceió, informou que a Justiça determinou o percurso da Parada LGBTQIAPN+ neste domingo à tarde seja entre a Avenida Sílvio Carlos Viana (em frente à Praça Sete Coqueiros) e o estacionamento do Jaraguá.
O município alegou que essa determinação da Justiça se dá para garantir a continuidade dos festejos natalinos e outros eventos na orla, como Maceió com Respeito e a Marcha da Maconha
Veja a nota da prefeitura completa:
A Secretaria Municipal de Segurança Cidadã de Maceió informa que para garantir a continuidade dos festejos natalinos e outros eventos na orla, como Maceió com Respeito e a Marcha da Maconha, a Justiça determinou que o percurso da Parada LGBTQIAPN+ neste domingo à tarde seja entre a Avenida Sílvio Carlos Viana (em frente à Praça Sete Coqueiros) e o estacionamento do Jaraguá.
Levou-se em consideração, como prioridade, o público vulnerável (crianças, idosos e pessoas com deficiência).
A princípio, a organização do evento se negou a cumprir a decisão judicial, um de seus líderes foi conduzido à Central de Flagrantes e liberado logo após afirmar que a parada seguirá pelo trajeto liberado pelo município e validado judicialmente.
A decisão judicial foi dada ontem à noite, pelo juiz plantonista Jamil Amil Albuquerque.
De modo que, o Natal de Todos Nós e outros eventos seguem hoje sua programação normal, assim como a comunidade LGBTQIAPN+ fará seu evento.