A edição da parada LGBT+ deste ano na capital de Alagoas deixa uma marca difícil de apagar. A prefeitura de Maceió assume uma posição visivelmente homofóbica.

Não bastasse ter tentado esvaziar o evento, com a promoção de um show no mesmo dia e horário, em outro local, a prefeitura tentou aínda impedir a passagem da parada pela orla de Ponta Verde. Perdeu na Justiça, recorreu, ganhou, perdeu de novo.

E tudo isso depois de ter usado como argumento – para tentar convencer a Justiça a proibir a passagem da parada LGBT pela orla da capital – a onda de calor (veja abaixo). A desculpa, claro que não colou.

Ao fim e ao cabo, o movimento LGBT+ impôs uma derrota a atual gestão, ainda que um dos seus organizadores, Nildo Correia, tenha sido detido pela Guarda Municipal – aparentemente de forma truculenta e arbitrária.

Mas ao que parece, a prefeitura não se deu por vencida. Como “vingança” – ou seja lá qual for a desculpa – as luzes de Natal da orla de Maceió só foram acesas, de acordo com registros feitos por várias pessoas nas redes sociais, depois da passagem da parada LGBT+.

A prefeitura “radicalizou”, mas nem isso tirou o brilho do evento. Gays, lésbicas e tods desfilaram pelas ruas de Maceió impondo uma fragorosa derrota à homofobia.

Homofobia é crime

Os protestos contra a suposta homofobia da prefeitura de Maceió se multiplica. O registro abaixo é de comentário no perfil do prefeito JHC feito pelo perfil no Istagram do Assistente Social Elias (https://www.instagram.com/assistentesocial_elias/)

Veja o que ele diz:

O presidente do Grupo Gay de Alagoas foi detido na manhã deste domingo (26) pela Guarda Municipal de Maceió, momentos antes de ter início a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, programada há meses para ocorrer na orla, mas que o prefeito JHC fez de tudo para impedir.

A homofobia da administração municipal, segundo próprio argumento da Prefeitura de Maceió na judicialização do caso, é o calor. Isso mesmo, calor. O pior, um juiz acatou esse argumento exdrúxulo e concedeu liminar em favor do prefeito.

JHC se vende como moderninho, com muita exploração das redes sociais, mas não passa de um reacionário. Talvez se o GGAL estivesse sob seu controle político, essa postura antidemocrática e homofóbica não tivesse ocorrido. Talvez.

Só seremos, verdadeiramente, uma sociedade justa e igualitária quando esse tipo de coisa não estiver mais entre nós.

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