Política
Trégua com JHC foi proposta por sua própria iniciativa, avisa Renan Calheiros
O senador passou a admitir a trégua sob a condição de cancelamento do acordo firmado pelo prefeito com a Braskem
O senador Renan Calheiros (MDB) passou a defender nos últimos dias uma “trégua humanitária” com os demais grupos políticos de Alagoas no episódio da ameaça de colapso da mina 18 da Braskem.
No rastro da crise, o Senado indicou os membros da CPI da Braskem e, depois de elevar o tom, o senador Renan Calheiros e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), passaram a adotar uma postura mais moderada.
O prefeito JHC começou a semana só as luzes dos holofotes em Brasília, mas mudou visivelmente de estratégia depois de sofrer pressão da mídia nacional e, principalmente, da indicação dos nomes da CPI.
Antes mesmo da indicação dos nomes da CPI Renan Calheiros passou a admitir uma trégua no embate com os Caldas e Lira (Arthur Lira ).
Em entrevista a alguns veículos nacionais, o senador passou a admitir a trégua sob a condição de cancelamento do acordo firmado pelo prefeito com a Braskem. Em julho deste ano, JHC aceitou uma indenização de R$ 1,7 bilhão da companhia , mas em troca concedeu deu perdão total a empresa pelos danos e ainda prometeu dar A Braskem a área desocupada, o equivalente a 20% da área urbana de Maceió.
“Eu sou capaz de propor um trégua humanitária a nomes como Arthur Lira e João Caldas para que eles revoguem esse acordo”, disse Renan Calheiros a revista Veja (leia abaixo).
O prefeito, segundo a revista, defende o entendimento: “É urgente desarmar os palanques e nos unirmos por Maceió. O momento requer responsabilidade e trabalho”.
Leia aqui a reportagem:
O duelo entre dois pesos-pesados do Congresso arrastou, claro, o governo Lula. No início da semana, com o petista em viagem ao exterior, Lira e Renan cobraram o envolvimento da gestão federal. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, despachou uma legião de ministros a Alagoas. Mesmo na hora de pedir ajuda federal, no entanto, cada lado tem os seus interesses. Paulo Dantas pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) entrasse com ação na Justiça para anular o acordo entre prefeitura e Braskem. Já Renan quer federalizar a questão levando-a para a arena em que atua melhor: o Senado, onde tenta abrir a CPI da Braskem. O pedido espera a indicação de nomes pelos partidos.
Leia aqui a reportagem na íntegra:Drama em Maceió expõe oportunismo político e ruídos entre autoridades