O prefeito de Maceió João Henrique Caldas, o JHC (PL) enviou um “recado” para o senador Renan Calheiros (MDB).

Mais do que um simples recado. Na verdade a mensagem foi um pedido de trégua. E o portador foi um dos mais influentes integrantes da Praça dos Três Poderes em Brasília. Influente, poderoso e com bom relacionamento com alguns alagoanos, incluindo alagoanos que estão ao lado de JHC e alagoanos que estão ao lado de Renan Calheiros.

O recado foi simples. JHC procurou essa pessoa e pediu para dizer a Renan que ele, JHC, não quer confusão, que não quer briga e por isso fez um pedido por uma “trégua humanitária”.

Renan ouviu atenciosa e cuidadosamente o recado e no dia em seguida foi imprensa dizer que era capaz de dar uma “trégua humanitária” em todo o processo, desde que JHC anule o acordo com a Braskem, um acordo bilateral que é considerado danoso para as vítimas e para o estado de Alagoas.

Depois dessa sinalização, o governador Paulo dantas fez convite a JHC para uma reunião com objetivo de tratar da crise da Braskem.

O pedido de trégua não foi obra do acaso. Só saiu depois que o prefeito JHC viu confirmada a instalação da CPI.

Até essa semana, pelo que se sabe, ele tentava retardar ou barrar a instalação da CPI, em Brasília, a partir de várias conversas. Numa delas teria sido “flagrado” por ninguém menos que o ministro Renan Filho (MDB).

O fato teria ocorrido durante a posse de dois desembargadores do TRF1, em Brasília. Segundo uma fonte confiável, JHC estava com dois senadores (Hiran Gonçalves e Jaques Wagner), criticando a CPI no momento em que Renan Filho chegou. ” O ministro disse para ele se cuidar, porque vai ter que encarar a CPI”, relata fonte.