Política

Requerida por Renan, CPI da Braskem é instalada pelo Senado

Omar Aziz (PSD-MA) será o presidente da comissão, que ainda não tem relator definido

Por Raphael Medeiros 13/12/2023 11h11 - Atualizado em 13/12/2023 12h12
Requerida por Renan, CPI da Braskem é instalada pelo Senado
Renan Calheiros (MDB-AL) - Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (13), o Senado Federal anunciou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar todos os aspectos do funcionamento da Braskem em Maceió. O objetivo da comissão, solicitada e defendida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) é investigar os crimes ambientais da petroquímica que resultaram no afundamento do solo na Capital alagoana. 

O senador Omar Aziz (PSD-MA) será o presidente da CPI da Braskem, enquanto Jorge Kajuru (PSB-GO) foi escolhido como vice-presidente. A escolha do relator da comissão ficará a cargo de Aziz, que já foi presidente da CPI da Covid-19, onde escolheu Renan Calheiros para a relatoria. Porém, um acordo entre os senadores já definiu que o relator não será nem de Alagoas, nem da Bahia, estados em que a mineradora tem forte presença.

Entre outros nomes, a CPI da Braskem terá participação dos senadores Cid Gomes (PDT-CE), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União Brasil-PB), Hiran Gonçalves (PP-RR), Otto Alencar (PSD-BA), Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e Wellington Fagundes (PL-MT).

A comissão irá analisar todo o processo do afundamento e deterioração da região afetada. São 35 minas, abertas em perímetro urbano, que resultou na maior catástrofe urbana do mundo. Os 50 anos de atuação da mineradora serão avaliados. Após o colapso da mina 18, a decisão de formalizar a comissão teve urgência. Cerca de 60 mil pessoas estão desabrigadas.

A empresa chegou a firmar um acordo de 1.7 bilhão de reais com a Prefeitura de Maceió mas, após reunião solicitada por Paulo Dantas, realizada na última segunda-feira (11), uma carta de intenções, assinada pelo Governo do Estado, em conjunto à prefeituras da região metropolitana de Maceió e empresários das regiões afetadas, foi endereçada ao Poder Público e à mineradora. Leia mais sobre a carta aqui.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou lideranças políticas de Alagoas para discutir a crise. A reunião foi marcada por tensão entre os presentes, especialmente Calheiros e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).