Política
Vice da CPI da Braskem defende nome de Renan Calheiros para relatoria
"Ele foi o primeiro a denunciar e a revelar todos os fatos desse caso em Alagoas", destacou o senador Jorge Kajuru
Vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) defendeu a escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria do colegiado. A segunda opção, na visão de Kajuru, seria o nome do senador Rogério Carvalho (PT-SE).
"O bom senso vai obedecer a uma maioria que hoje, na minha opinião, é de Renan Calheiros para a relatoria. Ele foi o primeiro a denunciar e a revelar todos os fatos desse caso em Alagoas. Hoje, Renan é o favorito e ele deve se respeitado", afirmou Kajuru.
Renan é autor do requerimento de criação da CPI. Alguns parlamentares, no entanto, consideram que a sua presença na relatoria poderia intensificar a disputa política com o grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Nesta quarta-feira (13), durante a instalação da comissão, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), aliado de Lira, pediu um compromisso do presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), de que Renan não seria escolhido. Aziz, no entanto, não se comprometeu.
"Questionar o nome do Renan Calheiros é uma injustiça. Ele foi autor da CPI e normalmente o autor é presidente, vice ou relator do colegiado", reforçou Kajuru, após a reunião.
O vice-presidente negou ter havido um acordo para impedir a escolha de Renan para a relatoria. "Nesse caso não teve acordo. Tinha só a opinião do senador Otto Alencar neste sentido. Otto declarou que não queria nem o nome de Renan e nem o nome de Rodrigo. No final, ele deixou para mim e para o Omar Aziz decidirmos. Ainda vamos conversar para decidir", relatou.
Questionado se Renan teria a independência necessária para assumir a relatoria, em função da situação política de Alagoas, Kajuru disse que sim. "Ele já mostrou na CPI da Covid que tem independência, o relatório dele foi aplaudido até por gente da extrema direita, por jornalistas independentes. Não vejo como colocar o nome de Renan de forma suspeita nessa relatoria", defendeu.
Kajuru afirma que o escolhido precisa ser alguém que queira investigar e "não blinde ninguém".