A prefeitura de Maceió firmou acordo extrajudicial de R$ 1,7 bilhão com a Braskem. Em contrapartida ao pagamento, a companhia recebeu quitação total de todos seus crimes e danos relativos ao processo de afundamento do solo em cinco bairros da cidade.

O município também se comprometeu a transferir para a empresa a propriedade de imóveis equivalente a 20% da área urbana de Maceió. O acordo ainda não é conhecido de todos os maceioenses. Mas quase nove em dez pessoas que o conhecem, o condenam.

O “tracking” ou “monitoramento” do Instituto Ibrape foi realizada em todos os bairros de Maceió entre os dias 06 a 14 de dezembro com 4500 entrevistados de 16 anos ou mais. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A sondagem revela que ao fim deste período (tracking final) 55% dos entrevistados conheciam o acordo, mas só 39% sabiam que neste acordo a prefeitura de Maceió deu total quitação a Braskem pelos danos causados e por qualquer problema futuro.

Dos entrevistados, 46% acreditam que o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL) se beneficiou do acordo, enquanto 58% acreditam que o acordo com a empresa e a prefeitura de Maceió não beneficiou as vítimas da Braskem.

A instalação da CPI da Braskem tem o apoio de 92% dos entrevistados, enquanto 90% acreditam que a prefeitura de Maceió poderia ter se antecipado ao colapso da mina 18, no Mutange.