O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estará em Alagoas, nesta quarta-feira (17), para investigar órgãos públicos envolvidos direta ou indiretamente no caso do afundamento do solo provocado pela mineradora Braskem, em Maceió. 

Ao Jornal de Alagoas, a assessoria de comunicação do CNJ informou que a agenda da visita ainda está sendo definida. De acordo com a portaria que instituiu a Correição Extraordinária, a comitiva ficará em Alagoas entre quarta-feira (17) e o próximo sábado (20). 

Para instituir a correição, o corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, considerou que a "grave tragédia ambiental havida na cidade de Maceió/AL, decorrente da extração mineral de sal-gema, pela empresa petroquímica Braskem, resultou no ajuizamento de elevado número de ações, individuais e coletivas", e, "visando à apuração da responsabilidade civil pelos variados danos, impondo-se o acompanhamento, pela Corregedoria Nacional de Justiça, do andamento dos processos, assim como, a proposição de meios para gerência satisfatória dos litígios". 

Moradores dos Flexais, região que vive uma situação de ilhamento social causado após a saída forçada dos moradores de outros bairros atingido pelo afundamento de solo, afirmaram, ao Jornal de Alagoas, que veem com esperança a presença do CNJ. Eles querem que a comitiva vá pessoalmente ao bairro acompanhar a situação e torcem para que o órgão interceda pela realocação de todos os moradores. 

De acordo com a revista Carta Capital, entre os órgãos que devem receber visitas institucionais e reuniões estão a prefeitura de Maceió, Tribunal Regional do Trabalho, Vara Federal de Maceió e a Assembleia Legislativa de Alagoas. 

O Tribunal de Justiça também confirmou, por meio de sua assessoria, a presença da comitiva do CNJ, mas não divulgou agenda, assim como o presidente da OAB-AL, Vagner Paes, que vai acompanhar os membros do CNJ em Maceió.