Política
CNJ irá ouvir vítimas e visitar locais afetados pelo afundamento de solo em Maceió
Porta-voz do Conselho se esquivou de pergunta sobre acordo entre Prefeitura de Maceió e Braskem: "Não é o papel"
A juíza, secretária geral e porta-voz do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriana Cruz, afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista coletiva concedida no Palácio do Governo, em Maceió, que a comitiva formada para investigar os processos envolvendo o caso Braskem irá se reunir com representantes das vítimas nesta quinta-feira (18) e irá até as áreas atingidas pelo processo de afundamento de solo.
Sem dar detalhes do local e horário do encontro, Cruz disse que a comitiva vai garantir a análise dos processos envolvendo a empresa através de uma força-tarefa, chamou o caso de incidente geológico e disse também que o papel do CNJ é fazer o acompanhamento dos processos e monitoramento das informações para subsidiar as instâncias decisórias da Justiça.
“A ideia é de que amanhã nós vamos conversar com os atingidos, mas também vamos ao local porque também é importante que a gente veja a localidade para que possamos aprender de maneira adequada a dimensão do problema, porque acompanhamos, mas também a presença, o diálogo direto ele é sempre necessário.
Ela citou que irá dialogar também com representantes da empresa Braskem. “Vamos ouvir todos os atores envolvidos”.
Adriana se esquivou quando perguntada sobre o acordo entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió, que garantiu o montante de R$1,7 bilhões ao município. Ela afirmou não ser papel do CNJ entrar no mérito decisório.
“Papel do conselho é oferecer a estrutura para que o juízo competente, o tribunal competente, faça a análise dos processos com a maior transparência e celeridade”, declarou.