Política

Prefeitura de Maceió não define gestores de Hospital comprado por R$ 266 milhões

JHC prometeu funcionamento pleno do Hospital do Coração ainda no primeiro trimestre de 2024, porém, não há informações sobre quem assumirá o comando municipal do hospital, nem tampouco se ainda existem atendimentos particulares sendo realizados no centro

Por Raphael Medeiros 19/01/2024 10h10
Prefeitura de Maceió não define gestores de Hospital comprado por R$ 266 milhões
Prefeitura ainda não definiu quem irá comandar o Hospital da Cidade - Foto: Raphael Medeiros

A Prefeitura de Maceió não designou servidores comissionados ou efetivos para a administração do Hospital da Cidade, comprado por R$ 266 milhões de reais em setembro de 2023. De acordo com JHC, o hospital estará “plenamente ativo” no primeiro trimestre deste ano.

O grupo de transição originado para coordenar as mudanças administrativas e obras inacabadas do antigo hospital do coração tem uma gestão confusa e não há informações sobre a abertura de processos para contratação de novos profissionais ou transferência dos atuais colaboradores para o quadro do município.

A assessoria de comunicação da prefeitura de Maceió (Secom) e a assessoria do Hospital da Cidade, não informaram se a unidade hospitalar ainda realiza atendimentos particulares ou se essas marcações seriam transferidas para uma outra unidade de tratamento, e, tampouco, quem é o responsável, no município, pela gestão do HC.

“Não sei ao certo quem pode responder pelo hospital, se é o grupo de transição, ou se permanece a gestão do Hospital do Coração [Iniciativa Privada]”, disse uma servidora do HC, que preferiu não se identificar.

O antigo Hospital do Coração, oficialmente renomeado Hospital da Cidade, atende, até o momento, somente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Pronto, Sistema de Marcação e Regulação de Maceió.

Grupo de transferência


Ao adquirir o centro hospitalar, o Prefeito JHC afirmou que em 2024, a gestão do hospital passaria para o município. Então o grupo de transferência foi criado, para monitorar o encaminhamento das obras, realizadas no anexo inacabado e com a finalidade de organizar a manobra público-privada.

A Prefeitura de Maceió anunciou, ainda no mês da compra, quem faria parte do grupo. Sem citar nomes, a coordenação do trabalho ficou a cargo de “um servidor do Gabinete Executivo do Prefeito".

“Além dele, oito representantes farão parte do grupo, sendo um por órgão: Secretaria de Gestão de Pessoas e Patrimônio, Ações Estratégicas e Integração Metropolitana, Saúde, Fazenda, Procuradoria-Geral, Controladoria Geral e Hospital do Coração. A participação não será remunerada.”, informou a Secom, no site oficial da Prefeitura.

No dia 27 de novembro do ano passado, vereadores de Maceió fiscalizaram o HC, após cobranças dos vereadores Joãozinho (PSD) e Zé Márcio (MDB) para analisar o aparelho comprado com recursos públicos. Na ocasião, Cleydson Moura (mais conhecido como Mourinha), foi o representante da Prefeitura de Maceió.

O Hospital da Cidade foi adquirido em setembro de 2023, com a afirmativa de que em 2024 o centro de atendimento seria totalmente transferido para o poder municipal. Até dezembro do ano passado, 600 atendimentos de imagem haviam sido realizados pelo SUS, no hospital.

Ao questionar novamente as assessorias do Hospital do Coração e da Secom, o Jornal de Alagoas não recebeu respostas. Claydson Moura também não respondeu sobre o grupo de transição. O espaço está aberto para atualizações.