Política
Indícios de superfaturamento com dinheiro da Braskem: Maceió entra na “mira” do MP, diz Carta Capital
Reportagem aponta que a aquisição do hospital está no centro da disputa política na capital alagoana
“A aquisição de um conjunto hospitalar inacabado em Maceió ao custo de 266 milhões de reais entrou na mira de procuradores do Ministério Público de Alagoas por indícios de superfaturamento, em mais um foco de desgaste para o prefeito João Henrique Caldas (PL) às vésperas da disputa eleitoral”. Este é o texto de abertura de reportagem da revista Carta Capital, um dos principais veículos.
Assinada pelo jornalista Wendal Carmo, a reportagem é de 02 de fevereiro de 2024 e relata que a aquisição do hospital, ocorrida em setembro de 2023, está no centro da disputa política na capital alagoana.
Veja um resumo:
– A prefeitura de Maceió adquiriu um conjunto hospitalar inacabado por 266 milhões de reais, oriundos do acordo bilionário com a Braskem pelo afundamento de bairros na cidade.
– O negócio é investigado por indícios de superfaturamento pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado.
– A gestão municipal prometeu inaugurar o hospital e oferecer ao menos 220 leitos para a população ainda no primeiro trimestre de 2024. O local, porém, ainda está em obras, com alguns andares sem piso, revestimento ou equipamentos médicos.
– A prefeitura afirmou que a compra seguiu todos os ritos formais e que três auditorias independentes atestaram a viabilidade técnica e financeira do empreendimento.
– A aquisição foi alvo de críticas do grupo liderado pelo senador Renan Calheiros (MDB), aliado do governador Paulo Dantas, que acusou o prefeito João Henrique Caldas (PL), apadrinhado político do deputado federal Arthur Lira (PP), de desviar recursos da indenização do caso Braskem.
– O prefeito rebateu as acusações e disse que o hospital será o mais moderno do Nordeste.
Leia aqui trecho da reportagem
Prefeitura de Maceió entra “na mira do MP” por compra de hospital inacabado com indenização da Braskem
A compra do conjunto hospitalar foi anunciada com pompas pela gestão municipal, que prometeu inaugurar o empreendimento e oferecer ao menos 220 leitos para a população ainda no primeiro trimestre de 2024. O local, contudo, ainda está em obras, com alguns andares sem piso, revestimento ou equipamentos médicos.
O investimento envolve a desapropriação de dois prédios: o Hospital do Coração, que pertencia à empresa Cardiodinâmica, orçado em 180 milhões; o outro era de propriedade do Centro Médico HCor Empreendimentos Imobiliários e saiu ao custo de 86 milhões – os imóveis são conectados através de uma passarela.
Embora possuam CNPJs diferentes, as empresas têm uma médica como sócia e foram representadas pela mesma pessoa no termo de desapropriação. Todo o processo de compra foi concluído em tempo recorde: em 30 dias, a prefeitura avalizou o negócio e pagou, à vista, o valor integral da unidade.
Questionada por CartaCapital, a prefeitura de Maceió afirmou que a aquisição “seguiu todos os ritos formais com absoluta transparência”. Sustentou também que três auditorias independentes e credenciadas no Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia constataram a “viabilidade técnica e financeira” do negócio.
Leia a reportagem completa aqui.