Política
JHC gasta R$ 8 mi da prefeitura para levar ‘pior político’ do Brasil no Carnaval do RJ
Arthur Lira tem a segunda maior avaliação negativa (62%) e a menor avaliação positiva (15%). Na soma, o saldo foi de -47%
A repercussão na imprensa nacional não foi a prometida pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL). O que mais se falou sobre o desfile da Escola de Samba Beija-flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro, foi sobre o patrocínio de R$ 8 milhões pago por uma das prefeituras de capital mais pobres do Brasil.
Maceió tem o menor PIB per capita entre as capitais do Nordeste e o 22º menor PIB per capita do Brasil, com renda média mensal de R$ 1.268 (IBGE 2022). Para se ter ideia, a renda média do maceioense é menos da metade do rendimento na cidade do Rio de Janeiro, que tinha o 8º maior PIB per capita do Brasil (R$ 2.947).
A cultura de Maceió e Ras Gonguila, o ‘imperador do Carnaval’ da capital alagoana, ficaram em segundo plano. Quem apareceu com destaque foi Arthur Lira, chamado pela imprensa nacional de “padrinho” de JHC.
Os R$ 8 milhões pagos pela prefeitura de Maceió para a Escola de Samba deram direito ao prefeito JHC de participar do desfile, vestindo camisa da diretoria da Beija-flor, além de levar convidados especiais para o sambódromo, como sua esposa, Marina Candia, e seu ‘padrinho’ político.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), compareceu ao Carnaval do Rio pela primeira vez e desfilou na Beija Flor ao lado da diretoria da escola, vestindo uma camiseta da presidência, acompanhado de perto pelo ‘contraventor’ Anísio Abraão David.
Mas se em Alagoas Lira é poderoso, o ‘padrinho’ que JHC levou para o sambódromo, graças ao dinheiro público, é considerado, segundo pesquisa Atlas Intel, realizada entre os dias 28 e 31 de janeiro deste ano, o político com a pior imagem do Brasil, na soma de avaliação positiva e negativa.
O Instituto Atlas Intel perguntou: “Você tem uma imagem positiva ou negativa desses líderes?”.
Arthur Lira tem a segunda maior avaliação negativa (62%) e a menor avaliação positiva (15%). Na soma, o saldo foi de -47%, superando Sérgio Moro, que teve avaliação negativa de 65%, mas teve avaliação positiva de 22%, ficando com -43% na avaliação final.