Essa é uma história complexa, que envolve a vice-prefeita de Atalaia, Camyla Brasil, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), a prefeita de Atalaia, Ceci Hermann, a mãe do prefeito de Maceió, a suplente de senadora Eudócia Caldas e um vereador de Maceió , entre outros personagens.

Embora não tenha sido revelado o nome do vereador, tudo indica que pode ser Marcelo Palmeira – pela relação de proximidade dele com a prefeita de Atalia.

Camyla Brasil acusa o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas de ‘puxar o tapete’ na última hora, de tirar dela do partido “aos 45 minutos do segundo tempo”, jargão que significa "traição" na política.

O enredo é o seguinte: Camila estava filiada ao PL, que é presidido em Alagoas por JHC e o compromisso é que ela seria candidata a prefeita pelo partido em Atalaia. Para contextualizar, a vice rompeu com a atual prefeita e será candidata pela oposição contra Ceci, que é candidata à reeleição.

De acordo com Camyla, ela entrou no PL a convite do prefeito e da mãe dele, Eudócia Caldas. E nessa condição, participou de vários atos partidários, ajudando, por exemplo, na mobilização do PL, realizada no sábado passado (06/04), mesmo no dia que se encerraria o prazo das filiações partidárias.

Ela esteve no encontro do PL mulher, ao lado de Eudócia Caldas e de Michelle Bolsonaro. Poucas horas depois foi comunicada pela assessoria do prefeito JHC que seria expulsa do partido, “a pedido de um vereador de Maceió”.

Brasil relata que em seguida conversou com o prefeito JHC, para pedir explicações: “procurei o prefeito e ele disse que minha presença no partido estava causando grandes problemas para ele e ele nada poderia fazer. Essa é a nova política, a política da perseguição? Por isso que nós mulheres somos minoria, por isso que muitas de nós desiste, mas não é essa artimanha que vai me parar”, desabafou a vice-prefeita em vídeo nas redes sociais.

Artimanha sorrateira

No Instagram, Camyla comunicou: “infelizmente venho através das minhas redes sociais anunciar para todos vocês que não estarei representando o PL Mulher no município de Atalaia, assim como eu juntamente com as presidentes Estadual @eudociasenadora e Nacional @michellebolsonaro havíamos anunciado na última sexta feira”.

A vice prefeita continua: “fui vítima de uma sorrateira artimanha política machista que infelizmente atinge muitas mulheres, por isso somos minoria de representação, apesar de sermos maioria de eleitoras. Apesar de tudo, sigo de cabeça firme pois sei da história sólida que venho construindo ao longo dos anos junto ao meu povo atalaiense.”

Nova legenda

O presidente do Solidariedade, Adeilson Bezerra, informar que conseguiu filiar Camyla Brasil ao partido, na última hora. Desta forma, a vice-prefeita terá legenda para disputar a eleição contra a atual prefeita.

Que política é essa?

A mãe de Camyla, Eliane, registrou sua indagação nos comentários do Instagram. Ela chegou a citar que seu marido, delegado de Polícia, é parente de Eudócia e que teria ajudado a família Caldas no episódio em que o dr JHC, irmão do prefeito de Maceió, foi acusado de violência doméstica.

Em tom de desabafo, a mãe de Camylla escreveu: ““E eu como fico com essa notícia ? , POXA HOJE É MEU ANIVERSARIO !!!Como assim ???? GENTE ATÉ EU ESTOU FILIADO NO PL , A pedido de minha filha @camyla_brasil e uma Admiração ao PREFEITO DE @JHC e a sua mãe @eudociasenadora , como assim ? Que política é essa ? Que absurdo , Isso não se faz , isso é uma humilhação com minha filha , Nunca falei , mas meu marido é primo de segundo grau da mãe do Prefeito @JHC , nada disso na polícia resolve? Mais um vez uma Humilhação tamanha com @camyla_brasil , Onde a gente sempre procura fazer o bem , sem pedir nada em troca , esse é o nosso lema , entendedores , entenderam @eudociasenadora , depois explico tudo a vocês meu povo”.

Veja aqui o vídeo no Instagram:https://www.instagram.com/p/C5dWqoEOudp/