As obras de construção de uma nova pista que liga as avenidas Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro dos Martins a Avenida Menino Marcelo, no Antares em Maceió foram suspensas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF-AL) e Ministério Público Estadual (MP-AL). 

Os órgãos realizaram uma inspeção no Loteamento Terra de Antares, na última terça-feira (16) e ouviu moradores de 24 residências que seriam desapropriadas para a construção da via. 

Em entrevista ao AL2, da TV Gazeta, a procuradora da República, Juliana Câmara, afirmou que a preocupação dos moradores é de que o projeto atinja o menor número de casas possíveis, afim de evitar desapropriações. 

Para Tereza Correia, aposentada que mora há mais de 20 anos no loteamento, o importante é a manutenção dos imóveis e não a indenização. 

"Foi um sacrifício para todos que estão aqui morando a construção desse espaço. Além do local para se habitar, existe uma comunicação muito boa, afetiva, entre os moradores", disse a moradora.

Eles explicam afirmam que não são contra a construção de uma via para ligar as avenidas, mas que esperam que não seja necessário fazer desapropriações.

"Nós não somos contra. Compreendemos tudo isso. Só que nós queremos que eles usem de uma consciência e aproveitem os espaços que não são agressivos à população. Nós temos aqui uma área verde que a engenharia pode muito bem criar um projeto que atinge o que eles querem sem ferir o meio ambiente nem o emocional das pessoas nem o econômico também", disse a moradora Tereza Correia.

Segundo a procuradora Juliana Câmara, uma reunião com a prefeitura vai definir como vai ficar o projeto. "Haverá uma reunião com todas as partes, em conjunto, para tentar atingir o melhor resultado para a população", disse.

O projeto de construção da via é fruto do acordo socoambiental firmado entre prefeitura de Maceió e Braskem. A empresa se comprometeu a custear obras de mobilidade urbana como forma de reparar os danos causados á cidade. 

A Prefeitura de Maceió ficou responsável pela execução da obras e a Braskem, pela contratação das empresas. Para essa obras, a mineradora destinou R$ 360 milhões.

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