Política

Tribunal vê indícios de superfaturamento de R$ 12 milhões em Maceió

O TCE/AL encaminhou ofícios ao Ministério Público Estadual (MPE-AL) e ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma investigação rigorosa das denúncias

Por Blog do Edivaldo Júnior 29/04/2024 14h02
Tribunal vê indícios de superfaturamento de R$ 12 milhões em Maceió
Aterro de Maceió - Foto: Reprodução

O Tribunal de Contas do Estado de Alagoas identificou indícios de superfaturamento de mais de R$ 12 milhões em contratos durante a gestão do atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL).

O TCE/AL encaminhou ofícios ao Ministério Público Estadual (MPE-AL) e ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma investigação rigorosa das denúncias.

De acordo com a análise da Diretoria de Engenharia do TCE-AL, o valor médio por quilo de resíduo sólido tratado no aterro sanitário de Maceió apresenta uma diferença considerável em relação ao valor pago pela Autarquia Municipal de Limpeza Urbana (Alurb) à empresa terceirizada, a Orizon Meio Ambiente S/A.

O relatório aponta uma diferença de 26,56%, quando comparado com outros valores praticados pela empresa, sugerindo um provável superfaturamento no valor, além de diferenças no volume.

O documento alerta ainda para a alta probabilidade de superfaturamento por quantidades e a grave inobservância dos controles de resíduos sólidos, sugerindo que a falta de central de triagem e controle rigoroso pode causar prejuízos mensais de mais de R 1 milhão à capital alagoana.

Além disso, resíduos da classe IIB estão sendo processados como resíduos da classe IIA, resultando em superfaturamento por quantidade e preço tarifário acima do mercado.

Um acórdão gerado pela auditoria do TCE/AL e publicado no diário oficial em 14 de março deste ano recomendou à Prefeitura de Maceió uma série de ações para o aterro sanitário, incluindo a apuração dos quantitativos de resíduos de diferentes classes e distorções de valores estimados no projeto básico desde o início do contrato.

O prefeito de Maceió, JHC, e o secretário da ALURB, Moacir Tenório, foram notificados para comentar os itens demandados pelo relatório do TCE em um prazo de 15 dias.

Trecho da decisão do tCE


Trecho da decisão do tCE | Foto: Reprodução