Política
Com mais de R$ 1,6 bilhão ‘em caixa’, JHC pede empréstimo de R$ 400 mi
Os números foram apresentados durante sessão da Câmara Municipal de Maceió. Até o começo desta semana, a Prefeitura de Maceió tinha empenhado (gasto) R$ 567 milhões do dinheiro do acordo de R$ 1,7 bilhão com a Braskem. A informação é da vereadora Teca Nelma (PT), a partir do levantamento de informações no Portal da Transparência e Diário Oficial.
Com base nestes dados, a vereadora calcula que a gestão do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), ainda tem em caixa R$ 382,67 milhões dos R$ 950 milhões já recebidos pela prefeitura da Braskem.
Além destes recursos, a prefeitura tem garantido o recebimento de mais R$ 750 milhões da Braskem ainda este ano, a serem pagos em três parcelas de R$ 250 milhões (julho, outubro e dezembro).
Durante a sessão, o vereador Joãozinho Gabriel (MDB) lembrou que a atual gestão recebeu, em março deste ano, R$ 267 milhões, da partilha dos recursos da concessão da BRK na Região Metropolitana de Maceió.
Considerando estes dados, a prefeitura teria disponíveis recursos da ordem de R$ 1,399 bilhão para investimentos este ano. São recursos livres para aplicação de acordo com a vontade da gestão.
Os vereadores deixaram de somar mais R$ 286 milhões da partilha BRK pagos no dia 2 de janeiro deste ano. Assim, a Prefeitura de Maceió teria R$ 1,685 bilhão para aplicar este ano.
Endividamento
O valor disponível para aplicação pela Prefeitura de Maceió foi um dos argumentos para os vereadores Teca e Joãozinho votarem contra a aprovação do projeto de lei que autoriza a prefeitura de Maceió a contratar um novo empréstimo de R$ 400 milhões.
Mas não só.
Na discussão, a vereadora demonstrou preocupação com o nível de endividamento da cidade, já que na atual gestão mais de R$ 1 bilhão (somados os valores da atual matéria) foram contratados junto a instituições financeiras.
Teca relembrou também que a Prefeitura de Maceió recebeu e a aplicação vem sendo feita sem a devida transparência. “Portanto, a cidade dispõe de recursos para executar as mais diversas obras de desenvolvimento sustentável e urbano, não precisando contratar dívidas que comprometem as contas do município”, disse.
“Eu me questiono qual a necessidade real de mais um empréstimo de R$ 400 milhões, tendo em vista a quantidade de recursos que tem a Prefeitura de Maceió”.