Política
Senador alagoano reage a morte de brasileiro pelo Hamas: "Em defesa da vida"
Calheiros destacou a importância da Constituição como guia para a atuação do país no cenário internacional
Em uma forte reação à notícia da morte de um cidadão brasileiro em um ataque do grupo Hamas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez um pronunciamento ressaltando os princípios fundamentais que regem a política externa brasileira. Em sua declaração, o senador destacou a importância da Constituição como guia para a atuação do país no cenário internacional, enfatizando valores como direitos humanos, autodeterminação e a busca por soluções pacíficas.
"A Constituição rege nossa política externa. Entre os princípios fundamentais estão a prevalência dos direitos humanos, autodeterminação, não intervenção, defesa da paz, soluções pacíficas e repúdio ao terrorismo. É um decálogo luminar contra as mortes, em defesa da vida e da paz", afirmou Calheiros.
CASO
O Exército de Israel confirmou hoje que o brasileiro Michel Nisenbaum, que era mantido refém pelo Hamas, em Gaza, foi encontrado morto.
Segundo o exército israelense, além de Michel Nisenbaum, outros dois reféns foram mortos no dia 7 de outubro de 2023. Eles foram identificados como Hanan Yablonka e Orion Hernandez, que tinha nacionalidade francesa e mexicana.
Operação conjunta. Ainda de acordo com o Exército, foi realizada uma operação conjunta com os serviços de inteligência de Israel em Jabalya para a recuperação dos corpos.
Michel será enterrado no domingo. Nas redes sociais, a família do brasileiro afirmou que ele será velado na cidade de Ascalão, onde a família dele mora.
Dentro do governo brasileiro, a informação foi recebida com "consternação". O Brasil retirou seu embaixador de Tel Aviv em fevereiro, depois da crise diplomática estabelecida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Quem era o brasileiro refém do Hamas?
Michel Nisenbaum tinha dupla nacionalidade. Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, ele atualmente morava em Sderot, em Israel.
Morava em Israel há mais de 40 anos. Ele tinha duas filhas e cinco netos — seu sexto neto tinha nascimento previsto para dezembro.
Era técnico em informática e concluiu uma certificação para poder trabalhar como guia turístico. Ele também era voluntário na Rescue Union como condutor de ambulância.
Michel não era visto desde 7 de outubro. A data é dos primeiros ataques do Hamas em Israel. Ao jornal O Globo, Mary Shohat, irmã de Michel, contou que ele falou com uma das filhas na manhã do ataque. A ligação seguinte, no entanto, foi atendida por outra pessoa.
*Com UOL