Política
Prefeito de Maceió corre risco de se “tornar o João Dória de Alagoas”
Indicação de vice pode comprometer a aliança entre JHC e Arthur Lira
A carreira meteórica do ex-governador de São Paulo, João Dória, foi usada como exemplo numa roda de conversa de alguns aliados do momento do prefeito de Maceió. “Se romper com Arthur Lira, o JHC corre o risco de se tornar o João Dória de Alagoas”, resumiu um influente interlocutor com trânsito livre na prefeitura da capital.
O acordo com Lira levou antigos adversários para a prefeitura de Maceió, a exemplo de Alfredo Gaspar e Davi Davino Filho.
A preocupação, explica o interlocutor é que João Henrique Caldas, o JHC (PL), perca credibilidade entre os principais grupos políticos do Estado. “Elei deixou para trás vários aliados que ajudaram na sua eleição, a exemplo de Davi Maia e Ricardinho Santa Ritta. Agora, se não cumprir o acordo com Arthur Lira, para indicação do vice, o prefeito pode se isolar politicamente e ficar com uma imagem de que não cumpre os acordos”, ponderou o interlocutor.
JHC disputou a prefeitura no primeiro turno em 2020 com o apoio do senador Rodrigo Cunha, mas sua campanha foi sustentada, principalmente por Davi Maia, Ricardinho e Ronaldo Lessa, que atualmente estão fora da gestão. Além disso, importantes aliados conquistados a partir do início da gestão, a exemplo de Galba Netto, estariam sendo escanteados aos poucos.
Em função do histórico, o interlocutor explica que o prefeito tem sido aconselhado a recuar na indicação de Rodrigo Cunha como candidato a vice. “O Arthur Lira nunca abriu mão da indicação do vice na gestão do ex-prefeito Rui Palmeira e rompeu com Marcelo Victor por que não conseguiu fazer a indicação do vice. Estamos preocupados com o impacto que teria o rompimento com o PP e com o presidente da Câmara dos Deputados na campanha da reeleição”, disse.