O Ministério Público de Alagoas e o Tribunal de Contas do Estado estudam a implantação de um “Painel de Transparência dos Festejos Juninos, seguindo os exemplos dos respectivos órgãos dos estados da Bahia e Pernambuco.

A informação foi confirmada pelo procurador-geral do MPAL, Lean Araújo. A ideia é que com a plataforma se promova o acompanhamento de todos os gastos, não somente para os festejos juninos, mas também em outros eventos patrocinados pelos entes federativos.

“A ideia é dar transparência e o cidadão saber como é que está sendo o gasto de dinheiro. Sem dúvida nenhuma é uma oportunidade de acompanhamento permanente por todo cidadão e, com isso, assegurando a lisura nos gastos juninos”, afirmou o procurador-geral.

Araújo disse ainda que a ferramenta vai garantir também a legalidade das ações envolvendo o dinheiro público, uma vez que esse ano, por exemplo, em Alagoas, houve um aumento com esse tipo de despesa.

“Acredito que esse movimento tem como objetivo uma atuação preventiva, mas, obviamente, se não for evitado, a possibilidade também por intermédio da ferramenta e ter uma atuação repressiva futura”, acrescentou.

São João milionário

Se São João Batista é um santo precursor, que abre caminhos, em Alagoas, as festas em sua comemoração têm sido uma via de mão cheia para que o setor produtivo cultural, ao menos em se tratando de grandes empresários, ganhe um bom dinheiro com os eventos. 

A estimativa, é que só com a contratação de bandas e artistas, cidades como Arapiraca, São Miguel dos Campos, Rio Largo, Marechal Deodoro e Pilar, ultrapassem os R$ 15 milhões investidos.

Na capital as quantias são ainda maiores. Em Maceió, os artistas que se apresentarão nos festejos cobraram a bagatela de quase R$ 20 milhões, somados.

Em material divulgado à imprensa, no entanto, a prefeitura diz que a terceira edição do São João Massayó será financiado por patrocinadores. Porém não citou o aporte de recursos planejados para a festa nem o montante arrecadados com o patrocínio.