Em Rio Largo, os professores da rede municipal de educação estão se mobilizando para garantir o direito ao reajuste salarial. A categoria, com data-base em janeiro, não conseguiu abrir um canal de negociação com o prefeito Gilberto Gonçalves. O único contato ocorreu em março, quando o secretário educacional Javan Samir anunciou que não haveria reajuste. 

Os profissionais da educação enfrentam dificuldades para dialogar com o prefeito, que não recebe o sindicato da categoria. Segundo Alyne Vieira, dirigente regional do Sinteal, os docentes farão uma paralisação na próxima sexta-feira, dia 28, e realizarão uma panfletagem para denunciar a situação. O objetivo é obter o apoio de familiares dos alunos e de servidores de outras áreas. 

De acordo com o Sinteal, servidores que não concordam com a política do prefeito são perseguidos e assediados moralmente. Além disso, a folha de pagamento do município está inflada, com 3.300 pessoas, sendo 60% de contratados. A gestão também é acusada de desrespeitar a Lei da Gestão, que determina que os cargos de diretores sejam ocupados por pessoas eleitas pela comunidade. 

As denúncias sobre irregularidades na gestão de Gilberto Gonçalves estão sob conhecimento do Ministério Público do Estado de Alagoas, que ainda não se pronunciou. 

A mobilização também visa exigir valorização e condições dignas de trabalho, com o Sinteal denunciando que 95% dos prédios da rede municipal de educação estão em condições precárias.