O deputado federal Rafael Brito (MDB) tem usado as redes sociais ativamente para questionar os gastos milionários realizados pela Prefeitura de Maceió no São João Massayó 2024. Contando com nomes como Gusttavo Lima, Wesley Safadão e Luan Santana, os custos para a contratação de artistas nacionais chegou a quase R$ 20 milhões.

Em um de seus vídeos, Rafael questiona a real necessidade da grandeza desse evento e a falta de investimento em outros setores, como saúde, educação e mobilidade urbana. O deputado afirma que não é contra a realização de festas em Maceió, mas defende que alguns assuntos merecem ser tratados como prioridade.

"Um prefeito de verdade precisa ter prioridade. Não dá para torrar essa dinheirama com artistas ricos de fora, enquanto a nossa gente sofre com a falta de creche, falta de escola, moradia, coleta de lixo, sofre com alagamentos, trânsito travado e saúde precária", apontou.

Trazendo números, Rafael Brito aponta ainda como esse dinheiro mudaria efetivamente a vida de muitas pessoas que dependem do sistema público de saúde, dando exemplos de como o mesmo poderia ser empregado.

"Um minuto apenas da atração mais cara dessa gastança gigante de dinheiro público daria para pagar 120 consultas em médicos privados de ginecologia aqui em Maceió ou até mesmo realizar 160 exames de mamografia. As mulheres aqui da nossa cidade sabem o quanto é difícil marcar por exemplo a consulta ginecológica pelo sistema da Prefeitura", disse.

Assista:

Os questionamentos, vindos de políticos e principalmente da população, se fazem relevantes pois o município recebeu nota mínima em índice de transparência em um estudo realizado pela Open Knowledge Brasil, o Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) 2023.

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Ainda através das redes sociais, foi trazido pelo parlamentar a contratação da dupla Victor e Léo, pelo valor de R$ 750 mil. Em 2017, Victor Chaves virou réu por agredir a ex-esposa, Poliana Bagatini Chaves, que estava grávida. A dupla teve a apresentação suspensa em diversas cidades este ano diante do fato.

"Isso é totalmente o contrário das políticas públicas contra esse tipo de crime. Dinheiro público do povo de Maceió não deve ser gasto com quem desrespeita e agride, mas sim em programas e projetos que garantem uma vida digna para as nossas mulheres", pontuou Brito.