Política

Brito diz que interesses pessoais influenciam administração pública em Maceió

Deputado e pré-candidato a prefeito afirmou que com valor gasto com festas juninas seria possível construir um programa como o Cartão Escola 10

Por Ana Flávia Oliveira* 04/07/2024 17h05 - Atualizado em 04/07/2024 17h05
Brito diz que interesses pessoais influenciam administração pública em Maceió
Rafael Brito (MDB) - Foto: Assessoria

O deputado federal Rafael Brito (MDB), pré-candidato à prefeitura de Maceió, afirmou que o prefeito JHC tem trocado cargos comissionados por apoio político de lideranças religiosas na cidade, durante um encontro com correligionários.

Segundo o parlamentar, JHC tem empregado em seu corpo de servidores comissionados familiares de pastores como forma de garantir o apoio político dessas lideranças.

“Assim, hoje na prefeitura de Maceió, como tem muito dinheiro, tá todo mundo comprado. Eu me encontrei um dia desse em uma reunião que fiz com alguns pastores e me foi dito que o pastor fulano de tal tem duas filhas empregadas na prefeitura.O fulano tem não sei o que, o sicrano não sei o que, tá muito difícil, porque o cidadão tá vivendo hoje olhando só pro próprio umbigo”, declarou Brito, sem citar nomes.

De acordo com ele, a capital alagoana tem muito dinheiro, mas falta gestão para solucionar os problemas da cidade e criticou a atual cultura política local, descrevendo como um ambiente onde interesses pessoais parecem influenciar as decisões administrativas.

Brito relatou que para fazer um programa como o Cartão Escola 10 em Maceió, criado por ele enquanto secretário de Educação do estado de Alagoas, e que garantia benefícios financeiros para estudantes matriculados na rede de ensino, como forma de diminuir a evasão escolar, seria necessário um investimento de R$ 30 milhões de reais.

“Para atender todos os estudantes de Maceió, todos, são R$ 30 milhões. É um São João, praticamente”, disse o deputado, comparando o investimento do programa educacional com o valor das festas juninas na cidade, que custaram em torno de R$ 20 milhões.

Em uma de suas falas, Rafael Brito expressou ainda profunda preocupação com a falta de empatia e gestão na administração municipal de Maceió. Ele destacou a necessidade urgente de um prefeito humanitário, alguém capaz de se colocar no lugar do próximo e entender suas necessidades. “Eu acho que falta a capacidade de ter a empatia de se colocar no local, no lugar do próximo. De tentar sentir ou imaginar até o que as outras pessoas estão sentindo. A gente precisa de um prefeito humanitário, um prefeito humano”.

*Estágiaria sob supervisão