Os presidentes dos diretórios do Partido dos Trabalhadores em Maceió, Marcelo Nascimento, e de Alagoas, Ricardo Barbosa, estão cumprindo agenda em Brasília para tratar, especificamente, da estratégia que será adotada pelo PT em Maceió. O diretório na capital de Alagoas defende a candidatura de Ricardo Barbosa, mas depende do aval do diretório nacional.

No PT, nas cidades com mais de 100 mil eleitores, a decisão de ter ou não candidato, e de fazer ou não aliança, é do diretório nacional.

“Em Brasília, junto com o presidente do PT de Maceió, Marcelo Nascimento, na construção e fortalecimento dos projetos petistas para as eleições! Estive em diálogo com o PT nacional e com a Presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Aproveitei o encontro com pré-candidaturas petistas das cidades com mais de 100 mil eleitores”, registrou Barbosa nas redes sociais.

Embora a pré-candidatura tenha sido aprovada pelo diretório nacional, no momento ganha força a tese de uma aliança com o MDB em Maceió. A defesa de uma aliança de todas as forças progressistas, de centro, centro-esquerda e esquerda, é feita pelo governador Paulo Dantas, ministro Renan Filho e senador Renan Calheiros, importantes aliados de Lula em Alagoas. O argumento é que, para enfrentar a direita na única capital do Nordeste em que Bolsonaro venceu, com um prefeito do PL favorito para ganhar a reeleição já no primeiro turno, o melhor caminho seria a união já no primeiro turno.

“Conversei com três dos nove dirigentes com direito a voto no diretório nacional e, pelo que entendi, a defesa deles é que o PT indique o vice do MDB em Maceió, para preservar a união do campo democrático, da base de Lula em Alagoas e, principalmente, em Maceió, onde vamos enfrentar o bolsonarismo encarnado por JHC”, diz um interlocutor do PT de Alagoas que não faz parte do grupo do deputado federal Paulão – principal defensor da tese de uma candidatura própria nas eleições de Maceió.

Além das divergências internas na Federação Brasil em Alagoas (PV e PCdoB também defendem a aliança com o MDB), pesará na decisão do PT nacional a relação com importantes lideranças do MDB de Alagoas. Mas essa é outra história.