O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) foi sorteado para relatar a representação apresentada pelo PSOL, PT e Rede no Conselho de Ética do Senado contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A acusação, que data de 2020, alega ligações entre Flávio Bolsonaro e milicianos do Rio de Janeiro. 

A representação, protocolada em fevereiro de 2020 e que só recebeu parecer favorável em 2023, aponta relações estreitas com figuras centrais da milícia carioca, incluindo Adriano da Nóbrega, conhecido como Capitão Nóbrega. Morto em fevereiro de 2020 na Bahia, Adriano liderava o grupo de extermínio Escritório do Crime, de Rio das Pedras. A mãe e a esposa de Adriano trabalharam em cargos comissionados no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

Outro ponto da acusação envolve Fabrício Queiroz, ex-policial e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, acusado de gerenciar um esquema de "rachadinha". Queiroz teria recebido 17 depósitos da mãe de Adriano da Nóbrega, Raimunda Veras Magalhães, enquanto ela trabalhava como assessora de Flávio na Alerj. 

Além de Flávio Bolsonaro, o Conselho de Ética do Senado também aceitou uma denúncia contra Marcos do Val (Podemos-ES), relacionada a um suposto plano golpista discutido com Jair Bolsonaro. O caso de Marcos do Val será relatado por Jorge Seif (PL-SC).