Política

Ex-CadÚnico, administrador quer "protagonismo para famílias de baixa renda”

Pré-candidato a vereador pelo PSD, Daniel Cavalcanti quer implantar políticas públicas sociais em Maceió

Por Evandro Souza* 18/07/2024 13h01 - Atualizado em 18/07/2024 19h07
Ex-CadÚnico, administrador quer 'protagonismo para famílias de baixa renda”
Daniel Cavalcanti, pré-candidato a vereador em Maceió pelo PSD - Foto: Assessoria

O administrador público Daniel Cavalcanti, pré-candidato a vereador em Maceió pelo Partido Social Democrático (PSD), concedeu entrevista exclusiva ao Jornal de Alagoas, onde compartilhou suas ideias, motivações e projetos na sua candidatura.

Pela primeira vez concorrendo a um cargo político, Daniel encara esse novo desafio por acreditar que pode fazer mais na câmara municipal com políticas de assistência e desenvolvimento social.

“Passei boa parte desse tempo entre cargos na esfera estadual, na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e também na Secretaria Municipal de Assistência. Então assim, sempre minha vida foi pautada por desafios. E aí agora chegamos numa conclusão que precisa encarar mais um que é justamente pelo fato de saber essas demandas e entendo que o parlamento pode fazer com que a gente atue ainda mais”, explicou.

Daniel iniciou sua carreira pública em 2006 como entrevistador do Programa Bolsa Família, onde também passou pelo CadÚnico Maceió, em que conseguiu eliminar as inconsistências na Base de Dados, o que permitiu a focalização no público alvo dos seus programas sociais. Além de incluir mais de 36 mil famílias no Cadastro Único.

Cavalcanti passou pelo programa Minha Casa Minha Vida, foi chefe de gabinete da Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU). Entre 2023 e 2024 ocupou na Câmara de Maceió os cargos: Secretário Parlamentar, Chefe de Gabinete e Diretor de Logística e Patrimônio.

Formado em administração, ele enxerga na Câmara Municipal uma oportunidade de fortalecer o serviço de assistência social em Maceió. O pré-candidato acredita que as políticas de assistência precisam ser focalizadas para o público de baixa renda, que muitas vezes não estão no perfil dos programas sociais da política de assistência e consequentemente não conseguem usufruir dos serviços.

“Os meios instrumentos de controle, que o município, o Estado e a União ainda sofrem alguns problemas para justamente essa focalização. Sempre a gente está escutando problemas de pessoas que não estão no perfil dos programas sociais da política de assistência, estarem usufruindo e acessando esses benefícios”, disse Daniel.

Além disso, nos últimos cinco anos, Daniel tem se dedicado a promover inclusão e oportunidades para pessoas que enfrentam desafios devido ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma causa que se tornou pessoal após o diagnóstico da sua filha. Ele acredita compreender as dores e dificuldades enfrentadas por essas famílias, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada de planos de saúde, ao tentar acessar tratamentos adequados.

“Hoje carrego outra bandeira que é de dar, promover inclusão e oportunidades para aquelas pessoas que sofrem do transtorno do espectro autista. E aí, nos últimos cinco anos da minha vida, passei a entender melhor em relação a isso, pelo fato de ser pai de uma menina autista. Então, sei quais são as dores dessas famílias, quais são as dificuldades que têm tanto na rede SUS, quanto também na rede privada de planos de saúde e as dificuldades que essas famílias têm de ter acesso a um tratamento adequado para as suas crianças”, pontuou.

Com isso, Daniel pretende junto ao parlamento, definir políticas que possibilitem a inclusão e tratamento adequado para as famílias, além de outras questões neurodivergentes.

“Então, a gente vai, junto ao parlamento, definir políticas que possibilitem a inclusão dessas crianças, que tenham acesso ao tratamento adequado para o TEA, quanto também outros transtornos, outras questões neurodivergentes.”

Transparência na gestão pública


Para Daniel, a transparência na gestão pública é essencial para ações do governo e parlamento, para fomentar o controle social da população. “Isso acaba fomentando o controle social da população, ajudando o gestor a poder ter qualidade nas informações, diminuindo as inconsistências cadastrais”, explicou.

Enquanto esteve no CadÚnico, no período de 2013 a 2016, foram inseridos todos os beneficiários do Bolsa Família no portal da transparência no site da prefeitura, porém, ele lamenta o serviço não ser atualizado mais, “Infelizmente hoje você já não tem essa atualização desses dados, porque isso acaba fomentando o controle social da população”, pontuou.

Quando perguntado sobre a atual gestão da capital alagoana, Daniel acredita que o prefeito JHC (PL), vem realizando funções importantes na cidade, em particular no turismo. Entretanto, Cavalcanti entende que há muito a se fazer nas áreas de políticas sociais, assistência social, saúde e na educação e trazer o protagonismo das famílias de baixa renda em Maceió.

“O prefeito JHC vem desempenhando funções importantíssimas na nossa cidade, sobretudo no turismo, o que atrai o investimento. A nossa grande receita aqui do município é através do turismo, então o JHC vem potencializando isso, mas entendemos que ainda há muito a se fazer nas políticas sociais, na assistência social, na saúde e na educação, pra justamente trazer o protagonismo dessas famílias de baixa renda”, analisou.

*Estagiário sob supervisão