Pela regra, quem aprova candidatura majoritária ou aliança em cidades com mais de 100 mil eleitores no Partido dos Trabalhadores é a direção nacional da legenda.

A aliança é confirmada normalmente a partir de uma recomendação do diretório municipal, referendada pelo estadual, que a encaminha à nacional.

Em meio ao imbróglio sobre a manutenção de um candidato próprio em Maceió ou a aliança com o MDB, dirigentes estaduais do PT chegaram a ameaçar deixar duas Secretarias no governo de Paulo Dantas e em alguns momentos dispararam factoides contra o senador Renan Calheiros, que se transformou em alvo de ataques de Ricardo Barbosa e Paulão.

A estratégia do partido, no entanto, foi bem diferente em Arapiraca, única cidade do interior de Alagoas em que a decisão do partido nas eleições majoritárias é remetida à nacional, tal e qual Maceió.

Em Arapiraca, o PT tem apenas uma Secretaria municipal e só começou a participar da gestão a partir do início de 2023. No governo de Alagoas, já tinha uma secretaria no governo de Renan Filho e ampliou para duas no governo de Paulo Dantas.

Mesmo assim, diferente de Maceió, o partido preferiu fechar a aliança em Arapiraca com o mesmo MDB de Paulo Dantas e Renan Calheiros, sem nenhum questionamento ou exigência.

A homologação da aliança entre o PT e o MDB em Arapiraca foi feita pela nacional em 22 de maio. Já em Maceió, mesmo diante da "resistência" de Barbosa e Paulão, ao que parece a nacional vai decidir pelo apoio ao pré-candidato do MDB, Rafael Brito. Para isso, o PT quer em troca apoio em outras cidades de São Paulo e Minas Gerais. Mas essa é outra história.