Política
Ronaldo Medeiros apela a governador criação de carreira de professor indígena e quilombola
O parlamentar é autor de Projeto de Lei Ordinária (PLO) 396/2023, que cria a carreira de professor indígena na rede pública estadual de Alagoas, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa
O deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) esteve com o governador Paulo Dantas (MDB) durante solenidade com a comunidade acadêmica na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), realizada nesta terça-feira (27), por conta do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), para instituir a licenciatura intercultural indígena, educação escolar quilombola e licenciatura em educação no campo.
O parlamentar é autor de Projeto de Lei Ordinária (PLO) 396/2023, que cria a carreira de professor indígena na rede pública estadual de Alagoas, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa. Contudo, o deputado adianta que apresentará outro PLO mais completo e que contemple a carreira de professor quilombola.
“Conversei com o governador Paulo sobre a importância da criação dessas carreiras na rede pública de ensino de Alagoas e ele se mostrou bastante sensível ao tema, assim como a secretária Roseane [Seduc]”, pontua. “Mais do que legitimar a presença histórica e a influência na formação de nossa sociedade dos povos originários e tradicionais, ter em nossa rede pública de ensino professores, com carreira estabelecida, atua para o não esquecimento dessas culturas. Por isso, apresentarei outro projeto sobre o tema, que contemple também os professores quilombolas”, completa Ronaldo Medeiros.
O Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que Alagoas possui mais de 25 mil indígenas em sua população, sendo a 16ª maior população indígena, em números absolutos, do país. Em termos proporcionais, Alagoas ocupa a 13ª colocação.
O município com o maior número de indígenas de Alagoas é Pariconha, localizada no Sertão alagoano, com 5.934 pessoas que se autodeclararam dessa forma. Isso representa 56,12% dos pariconhenses.
Já em relação à população quilombola, Alagoas possui a sexta maior do Brasil, com 37.722 pessoas. Contudo, somente 691 vivem em territórios demarcados pelo Estado brasileiro.
A cidade Penedo, às margens do Rio São Francisco e ao sul de Alagoas, é a localidade com o maior número de quilombolas no estado, com 5.280 pessoas, o que representa 9% de sua população.