Política

Glauber Braga chama Arthur Lira de "bandido", denuncia "armação" e provoca bate-boca no Conselho de Ética

Braga está sendo investigado sob a acusação de que teria agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril deste ano

Por Redação 29/08/2024 10h10 - Atualizado em 29/08/2024 10h10
Glauber Braga chama Arthur Lira de 'bandido', denuncia 'armação' e provoca bate-boca no Conselho de Ética
Glauber Braga é alvo no Conselho de Ética da Câmara por confusão com integrante do MBL - Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Nesta quarta-feira (28), o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), afirmou estar sendo alvo de uma armação para cassá-lo orquestrada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante a sessão no plenário, Braga chamou Lira de “bandido”.

Braga está sendo investigado sob a acusação de que teria agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril deste ano. Em seu parecer preliminar, o relator Paulo Magalhães (PSD-BA) recomendou a admissibilidade do processo. Houve pedido de vista do deputado Chico Alencar (Psol-RJ).

"Se alguém tinha que perder o mandato para dizer isso, estou aqui à disposição para fazê-lo: o senhor Arthur Lira é um bandido, que está na presidência da Câmara dos Deputados", disse Braga.

Além de chamar o presidente da câmara de bandido, Glauber chamou o relator, Paulo Magalhães de "mentiroso".

Este relatório devia ser assinado por Arthur Lira. Eu lamento, Paulo, que você se preste a este papel, a esta articulação combinada entre vocês. Há muito tempo Lira trabalha para me tirar da Câmara. Você chegou a me dizer em um corredor que acreditava em mim, Paulo. Mas, você é um mentiroso. Se me cassarem, eu seguirei aqui como militante e você, Paulo, terá esta marca. Aquele sujeito do MBL era um bandido, eu não vou me intimidar”, afirmou o deputado do Psol.

"Não há existe armação nenhuma nesse Conselho, eu peço respeito a vossa excelência, que está sendo representado. Não existe armação nenhuma nesse Conselho. O senhor não pode dizer isso", respondeu o presidente do colegiado.

Em nota, o presidente da Câmara afirmou que xingamentos, ofensas pessoais e agressões são comportamentos incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante da Câmara dos Deputados.