Política
"Fujão e gatinha da Braskem": Candidatos atacam JHC durante debate a prefeito
O atual prefeito de Maceió não compareceu ao evento; Lobão e Rafael Brito foram os únicos participantes

Os candidatos ao cargo de prefeito de Maceió participaram, nesta segunda-feira (2), do debate sobre o pleito, realizado pela Rádio CBN, em parceria com a Ufal.
O prefeito JHC (PL), que lidera as pequisas, não compareceu ao evento. Rafael Brito (MDB) e Lobão (Solidariedade), portanto, foram os únicos candidatos a participarem das rodadas, uma vez que Lenilda Luna (UP) e Nina Tenório (PCO), não tem participação permitida pela legislação eleitoral devido à cláusula de barreira.
Lobão iniciou o debate fazendo uma pergunta ao ausente JHC e questionou sobre a situação dos moradores dos Flexais, que vivem em situação de ilhamento social. Ele próprio realizou o comentário à sua pergunta e chamou o atual prefeito de fujão, antes de dizer que seu plano de governo prevê a realocação dos moradores da localidade.
Em seguida, Rafael Brito teve sua oportunidade e também questionou o não presente JHC. Ele ressaltoua importância da presença em debates públicos para a promoção das ideias sobre a cidade e realizou sua pergunta indagando sobre a ausência de projetos para o combate à fome e de promoção à saúde.
"Ele não vem ao debate porque não tem condições de responder, porque o que ele tem feito é jogar cortina de fumaça para esconder uma deficiência muito grande: 'ele abandonou as vítimas da Braskem, a periferia, e as 240 mil pessoas em Maceió que estão passando fome. Tenho andado pelas comunidades e o que eu vejo é que as pessoas não aceitam a presença do prefeito, elas reagem ao paradoxo que é gastar R$ 8 milhões do dinheiro do povo e não lançar programas sociais para colocar comida na mesa das pessoas", disse Rafael.
A tônica do debate se deu em torno das críticas a ausência de JHC, chamado de fujão pelos candidatos presentes. Lobão disse que JHC, chamando-o de João Caldas, é "laranja da Braskem. É como se fosse a Braskem que governasse Maceió.
Rafael Brito chegou a dizer que o atual prefeito era um leão contra a empresa durante sua campanha, mas virou uma "gatinha da Braskem", durante o mandato. "Ele vendeu 20% da área urbana de Maceió".
Apesar das críticas e ataques, houve espaço também para a colocação de propostas. Lobão disse que irá construir cemitérios públicos com o objetivo de por fim aos enterros em cova rasa, além de ampliar a lateral do viaduto do Jacintinho, para melhorar a mobilidade urbana.
Rafael Brito afirmou que irá requalificar o Mercado da Produção e fazer o que for necessário para transformar o Mercado em um ambiente que tenha segurança alimentar, que atraia os consuidores e um ambiente que o microempresário tenha dignidade.
