O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando a possibilidade de nomear os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para cargos de ministros em seu governo. 

As discussões sobre essas possíveis nomeações começaram na semana passada, com encontros individuais entre Lula e os dois líderes. As conversas serão retomadas nos próximos dias para avançar na definição dos cargos. 

A inclusão de Lira e Pacheco em ministérios pode ter implicações significativas para o cenário político. Para Lira, a nomeação poderia diminuir a influência de Ciro Nogueira (PP-PI), presidente de seu partido e crítico do governo. No caso de Pacheco, que é do PSD, a nomeação poderia impactar a articulação política relacionada ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, potencial adversário de Lula em 2026. 

Além das nomeações, as discussões também envolvem acordos para a sucessão nas presidências da Câmara e do Senado. Lula poderia apoiar os deputados Elmar Nascimento (BA) e Davi Alcolumbre (PA) em troca de apoio do União Brasil nas eleições presidenciais de 2026. O União Brasil, terceiro maior partido do país, pode lançar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como candidato presidencial. 

Em outra frente, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) pode ser contemplado com uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), uma medida que atenderia ao setor evangélico. A aposentadoria do próximo ministro do TCU está prevista para fevereiro de 2026, mas pode haver tentativas de antecipar essa saída, similar ao caso do ministro José Múcio Monteiro. 

A possível nomeação de Pacheco também poderia influenciar a eleição para a presidência da Câmara, afastando o deputado Antonio Brito (BA) da disputa. 

As informações foram inicialmente divulgadas pela jornalista Andreza Matais, colunista do UOL.