A candidata à Prefeitura de Maceió pelo partido de esquerda Unidade Popular (UP), Lenilda Luna, ressaltou em entrevista ao AL1 nesta terça-feira (12) a importância de enfrentar os desafios estruturais da cidade, com ênfase em saneamento básico e educação inclusiva. 

Representando um partido que defende políticas populares e voltadas às necessidades do povo, Lenilda destacou que sua gestão priorizaria soluções que beneficiem a maioria da população. Ela apontou o saneamento básico como uma das principais urgências de Maceió, especialmente nas regiões periféricas e mais vulneráveis, onde o acesso a esse direito básico é precário. 

"Maceió está abandonada. Apenas 30% da população tem acesso ao saneamento. Isso é uma questão de saúde pública e dignidade. Precisamos garantir água potável e condições de vida dignas para todos", afirmou.

Lenilda também se comprometeu a adotar uma gestão transparente e participativa, alinhada aos princípios do seu partido, que prega uma política de base e a participação ativa da sociedade. "Vamos implementar um orçamento 100% participativo. A população de Maceió será parte das decisões que afetam a cidade. Queremos que Maceió seja uma cidade para todas as pessoas, não só para turistas", ressaltou a candidata.

Outro ponto forte de sua proposta é a municipalização do transporte público, com o objetivo de oferecer um serviço acessível e de qualidade. Lenilda defendeu a criação de novas linhas de ônibus, maior integração entre os modais e a gratuidade subsidiada pelo governo municipal.

"Precisamos priorizar o que é coletivo. Transporte público eficiente reduz o tráfego, diminui o cansaço das pessoas e promove uma cidade mais organizada", explicou. A candidata também destacou a importância de investir em ciclovias seguras e em transporte de massa, como o BRT e o VLT, para desafogar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana.

Além de saneamento e transporte, Lenilda se mostrou preocupada com a situação da educação no município, propondo um projeto pedagógico inclusivo, que leve em consideração as necessidades dos alunos com deficiência. "Precisamos garantir um suporte pedagógico especializado, principalmente para crianças com necessidades específicas, como as que têm autismo", disse. 

A candidata, que é mãe de um jovem autista, falou da sua experiência pessoal e da importância de um sistema educacional que acolha e apoie todos os estudantes. Ela também criticou a precarização da carreira docente e a falta de concursos públicos. "Os professores precisam de melhores condições de trabalho, com salário digno e uma carga horária que permita a preparação de aulas de qualidade", afirmou.