Política
Eleições em Maceió: Direita e esquerda consolidam nomes e bancadas da Biblía e da Bala são expostas
Líderes evangélicos não conseguiram se eleger, enquanto as forças policiais ganharam mais um representante
Dez dias após as eleições, tem muita gente em Alagoas avaliando cenários, dialogando sobre o futuro e discutindo o tamanho do capital político dos atores envolvidos com a política alagoana, principalmente na capital Maceió, onde, apesar da eleição majoritária ter se consumado com facilidade, o pleito para os vereadores foi acirrado, mesmo com a baixa renovação no parlamento local.
A direita em Maceió ganhou ainda mais força e parece ter consolidado um nome em definitivo com a expressiva votação de Leonardo Dias, do PL, que se auto nomeia o ‘vereador da direita’ e comanda o lado mais ideológico deste espectro político. Dias, aliás, anunciou logo após sua reeleição que se licencia do cargo de vereador para concorrer a deputado estadual, daqui a dois anos.
O outro campo também mostrou força e ascendeu um nome em específico com a jovem vereadora Teca Nelma (PT) recebendo quase 9 mil votos e sendo a mais votada entre os partidos de esquerda e também entre as mulheres.
Quem perdeu força na capital alagoana foi a bancada evangélica. Ex-deputado estadual e vereador da capital, o milionário líder da Igreja Universal do Reino de Deus pastor João Luiz não conseguiu se eleger. Já o vereador Oliveira Lima teve pouco mais de 4 mil votos e mesmo com uma chapa repleta de pastores e líderes de igrejas locais dentro do partido Republicanos não conseguiu sua reeleição.
A bancada da bala ganhou reforço em Maceió. Thiago Prado, delegado da Homicídios, recebeu mais de 6 mil votos. Ele prometeu brigar pela internação compulsória de usuários de drogas que vivem nas ruas (leia-se: higienização social) e afirmou, durante a campanha, que havia candidatos ligados ao crime organizado. Esta última acusação não foi comprovada por ele. Fato é que Prado junta-se a Siderlane Mendonça, cabo reformado da Polícia Militar de Alagoas.