Política

Eleições em Maceió: Direita e esquerda consolidam nomes e bancadas da Biblía e da Bala são expostas

Líderes evangélicos não conseguiram se eleger, enquanto as forças policiais ganharam mais um representante

Por Vinícius Rocha 16/10/2024 18h06 - Atualizado em 17/10/2024 09h09
Eleições em Maceió: Direita e esquerda consolidam nomes e bancadas da Biblía e da Bala são expostas
Dias e Teca se consolidam como representantes da Direita e Esquerda alagoana - Foto: Reprodução

Dez dias após as eleições, tem muita gente em Alagoas avaliando cenários, dialogando sobre o futuro e discutindo o tamanho do capital político dos atores envolvidos com a política alagoana, principalmente na capital Maceió, onde, apesar da eleição majoritária ter se consumado com facilidade, o pleito para os vereadores foi acirrado, mesmo com a baixa renovação no parlamento local.

A direita em Maceió ganhou ainda mais força e parece ter consolidado um nome em definitivo com a expressiva votação de Leonardo Dias, do PL, que se auto nomeia o ‘vereador da direita’ e comanda o lado mais ideológico deste espectro político. Dias, aliás, anunciou logo após sua reeleição que se licencia do cargo de vereador para concorrer a deputado estadual, daqui a dois anos.

O outro campo também mostrou força e ascendeu um nome em específico com a jovem vereadora Teca Nelma (PT) recebendo quase 9 mil votos e sendo a mais votada entre os partidos de esquerda e também entre as mulheres.

Quem perdeu força na capital alagoana foi a bancada evangélica. Ex-deputado estadual e vereador da capital, o milionário líder da Igreja Universal do Reino de Deus pastor João Luiz não conseguiu se eleger. Já o vereador Oliveira Lima teve pouco mais de 4 mil votos e mesmo com uma chapa repleta de pastores e líderes de igrejas locais dentro do partido Republicanos não conseguiu sua reeleição. 

A bancada da bala ganhou reforço em Maceió. Thiago Prado, delegado da Homicídios, recebeu mais de 6 mil votos. Ele prometeu brigar pela internação compulsória de usuários de drogas que vivem nas ruas (leia-se: higienização social) e afirmou, durante a campanha, que havia candidatos ligados ao crime organizado. Esta última acusação não foi comprovada por ele. Fato é que Prado junta-se a Siderlane Mendonça, cabo reformado da Polícia Militar de Alagoas.