Na reta final da disputa por duas cadeiras de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a candidatura de Maria Marluce Caldas Bezerra, procuradora de Alagoas, ganhou força inesperada. Segundo informações de Carolina Brígido e Carolina Nogueira em coluna no UOL, até a semana passada, Marluce não estava entre os favoritos, mas entrou na lista tríplice votada no plenário do tribunal no dia 15 de outubro. 

Tia do prefeito de Maceió, JHC (PL), que está em Brasília, Marluce teve seu nome, junto a outros cinco candidatos, enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preencherá as duas vagas. Antes de tomar posse, os escolhidos deverão passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

A procuradora conta com apoio político significativo. Além do sobrinho, reeleito em primeiro turno, ela é aliada do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na corte, circulam rumores de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também está apoiando sua candidatura, embora aliados de Calheiros neguem essa informação.

Ministros do STJ também estão engajados em torno da candidatura de Marluce, com destaque para o apoio do presidente do tribunal, Herman Benjamin, e do ministro Humberto Martins, ambos envolvidos na articulação em favor dela. Nos últimos dias, a campanha ganhou adesão de ministros nordestinos e ministras, o que fortaleceu ainda mais suas chances.

A expectativa no Palácio do Planalto é de que as chances de Marluce sejam altas. Isso ocorre em meio a especulações de que Lula estaria insatisfeito com o fato de o STJ ter excluído dos finalistas o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, considerado favorito do presidente para uma das vagas.

Segundo a coluna de Brígido e Nogueira, Herman Benjamin conseguiu incluir Maria Marluce na lista tríplice por seu desejo de equilibrar a composição de candidatos, favorecendo tanto homens quanto mulheres.