O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu oito derrotas nas 11 cidades onde fez campanha na reta final do segundo turno, incluindo Goiânia, a cidade escolhida para acompanhar a apuração dos votos neste domingo, 27.

Na capital de Goiás, Bolsonaro acabou saindo derrotado na disputa local contra o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), onde Sandro Mabel (União Brasil) foi eleito com 55% dos votos, superando Fred Rodrigues (PL), que recebeu 45%.

A vitória de Caiado com Mabel se transformou em um revés significativo para Bolsonaro. Entre os diversos aliados concorrendo no segundo turno, inclusive contra o PT, o ex-presidente decidiu acompanhar a apuração na residência do senador Wilder Moraes (PL), junto com Fred Rodrigues. No entanto, após a derrota, ele deixou o local e retornou a Brasília sem se manifestar sobre o resultado, conforme informou a CNN Brasil.

Outra capital onde o ex-presidente acreditava na vitória no segundo turno foi Manaus, onde o candidato Capitão Alberto Neto (PL) foi derrotado pelo atual prefeito, Davi Almeida (Avante). Capitão Alberto havia surpreendido no primeiro turno, saindo de um quarto lugar nas pesquisas para alcançar o segundo turno, com o apoio de Bolsonaro.

Em Belo Horizonte, Bolsonaro também saiu derrotado. Apesar de intensificar sua presença na campanha de Bruno Engler (PL) nos últimos dias, não foi suficiente para vencer Fuad Noman (PSD). Engler é um dos principais nomes do PL, conhecido por seu alinhamento fiel ao bolsonarismo.

Além dessas, outras cidades onde Bolsonaro esteve presente na reta final e viu seus candidatos derrotados incluem Aparecida de Goiânia (GO), Santarém (PA), João Pessoa (PB), Santos (SP) e Palmas (TO).

O ex-presidente conseguiu vitória em três cidades nas quais fez campanha: São Paulo (SP), Cuiabá (MT) e Anápolis (GO). No entanto, a vitória na capital paulista é mais atribuída ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como o "líder maior" por Ricardo Nunes (MDB) na campanha que garantiu sua reeleição, do que à própria influência de Bolsonaro.