Política
Prefeitura de Maceió e Braskem constroem UBS e creche em área de risco, denunciam moradores
A iniciativa de revitalização tem sido criticada, também, pelo empresário Alexandre Sampaio, que aponta o investimento como desperdício, já que os habitantes expressam desejo de deixar o bairro
Moradores do bairro dos Flexais, em Maceió, denunciam a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e de uma creche-escola em uma área considerada de risco. Segundo relatos, as obras, conduzidas pela Prefeitura e pela Braskem, estão sendo realizadas ao pé de uma barreira, local identificado como inseguro.
“Não tem lugar seguro no bairro, e a gente é contra as obras da revitalização. Mesmo assim, é um absurdo construir um posto de saúde e uma creche no pé da barreira”, afirmou o vendedor ambulante Valdemir Alves, que reforçou a posição de parte significativa dos moradores em prol da realocação.
A iniciativa de revitalização tem sido criticada, também, pelo empresário Alexandre Sampaio, que aponta o investimento como desperdício, já que os habitantes expressam desejo de deixar o bairro. Ele ainda levanta dúvidas sobre a regularidade do acordo que envolve os Flexais e lembra que a Defensoria Pública de Alagoas (DP/AL) recorreu à Justiça em defesa da saída dos moradores, pedindo indenizações adequadas.
“O que há de regular e legal, efetivamente, neste acordo dos Flexais?”, questionou Sampaio, reforçando a necessidade de soluções que garantam a segurança e a dignidade da população local.
Um laudo sobre a área está em processo de produção por uma perita designada, mas já existem alertas sobre o risco. O geólogo Thales Sampaio afirmou, durante depoimento em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que a região apresenta sinais de quebramento e defende a relocação dos moradores com indenização. Alexandre Sampaio também menciona um laudo do professor e arquiteto Dilson Ferreira, que descreve a área como inadequada para novas construções devido a condições urbanísticas e legais precárias.
“A prefeitura de Maceió está torrando dinheiro [das vítimas da Braskem] para fazer maquiagem de serviços públicos em áreas de risco”, concluiu o empresário, defendendo a revisão do acordo e a retirada dos residentes que optem pela mudança do local.
Com informações do Tribuna Hoje.