Política
Sinteal chama de ''vergonhoso'' corte proposto por JHC na educação de Maceió
Presidente do Sinteal criticou a redução de investimentos, destacando abandono de jovens e adultos no combate ao analfabetismo
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Izael Ribeiro, classificou como "vergonhoso" o corte proposto pelo prefeito de Maceió, JHC, na educação. Ribeiro afirmou que a medida compromete o combate ao analfabetismo e o futuro dos estudantes que retomarão os estudos após anos afastados.
''Irresponsabilidade da gestão municipal. Essas pessoas que frequentam ou ainda estão de fora da escola são cidadãos e cidadãs de direito e devem ter isso assegurado. Se só agora conseguir retornar para concluir sua escolaridade, deverão ser incentivados, respeitados”, disse Ribeiro.
Ribeiro, em entrevista ao Jornal de Alagoas, alegou que o Sinteal já iniciou medidas para denunciar o que considera "um descaso" com a educação, que além de mobilizar a sociedade, o sindicato tem trabalhado para sensibilizar as autoridades sobre a importância de manter os investimentos. “Cortar o pouco que se investe é comprometer o futuro da cidade”, detalhou.
A unidade orçamentária destinada à Secretaria Municipal de Educação (SEMED) para a implementação da Política de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) apresenta um corte preocupante: os recursos previstos apresentaram redução de quase 72%.
A situação chamou a atenção do Ministério Público de Alagoas (MPAL) e da Defensoria Pública (DPE), que oficiaram a Prefeitura e a Câmara de Vereadores, cobrando maior destinação de recursos para a educação. Segundo Izael, o Sintel está à disposição para colaborar com as instituições e evidenciar a realidade vivida “no chão da escola”, trazendo o ponto de vista de trabalhadores, pais e estudantes.
Para Ribeiro, a condição atual da educação básica e da EJAI exige uma abordagem que combine formação cidadã e profissionalização, ajudando a combater não apenas o analfabetismo, mas também a promover o desenvolvimento humano.
Ele finalizou alertando para o impacto dos cortes: “O pior possível, pois a condição de atendimento da educação no município de Maceió é precária, tanto na infraestrutura das escolas quanto nos recursos, equipamentos e serviços”.